Prometida à alfa - Malila g!p

6 - Carta

Já dentro do casarão, Marília e Lauana se despediam da família Pereira. Marília encarava o nariz avermelhado de Maraisa não entendendo o por quê dela ter chorado.   

— Foi um jantar maravilhoso. - Marcos tentava ser amigável. — Até domingo no noivado das duas.   

— Tudo estava perfeito, Sr. Marcos. - Marilia soa agradecida. — Nos vemos no noivado então. Até mais.   

— Até mais, Sr. Marcos. - Lauana passa por ele. — Até mais, Maraisa.   

— Até mais.   

Assim que passaram pela porta, Maraisa correu para seu quarto praguejando a vida. Preferia qualquer coisa do que ter visto aquela cena patética.   

Que falta de respeito! Que indelicadeza da parte delas! 

Afundou seu rosto no travesseiro tentando conter as lágrimas que desciam como cachoeiras. Logo ouve a porta abrir-se.   

— Por que choras, Maraisa? - Andressa senta ao lado da garota. — Odeio vê-la assim, meu anjo de candura.   

Maraisa não quis responder, só chorava. Ela não estava enciumada nem nada do tipo. Ela só esperava um pouco mais de respeito vindo de alguém que ela iria casar-se, dividir uma casa.   

Esperava que ela, depois de casadas, explicasse a sua real situação. Não que ela fosse obrigada a assisti-las se pegando na frente de sua casa, na noite em que foram apresentadas. Era humilhante, degradante. 

Andressa desistiu de tentar fazê-la falar deixando-a sozinha.   

Maraisa, já cansada de chorar, resolveu banhar-se e dormir. Tudo que ela queria era esquecer o que viu, o que teve que ver.                                     

xXx   

Na carruagem, o clima não era dos bons. Marília tentava entender por que Lauana inventou aquela história entrando na pilha de Maraisa.   

— Quanto mais ela entender que esse casamento é de fachada, melhor. Tendo em vista que agora ela sabe que eu existo na sua vida, ficará retraída de se aproximar ou criar qualquer expectativa em relação a você. - Lauana gesticulava. — Veja pelo lado bom, não terá uma esposinha chata no seu pé, Marília. Te fiz um favor.   

— Mas tudo que você falou é mentira, Lauana. Ela irá descobrir uma hora ou outra. - Marília desabotoava sua camisa. — Sua jogada de mestre tem falhas.   

— Com jeitinho podemos fingir uma relação sem cobranças pra ela confirmar qualquer suspeita que venha a ter.   

Na verdade Lauana estava enciumada, e com raiva. Maraisa era extremamente bonita, provavelmente a mais bonita que ela já viu. Ela reparou o olhar das duas uma para a outra, um olhar que não a agradou.   

Ela aceitava dividir Marília com qualquer outra, mas com Maraisa não. 

Marília observava a paisagem totalmente pensativa. Por que ela chorou? Teria ela errado em deixar Lauana mentir?   

— Você está pensando nela não é, Marília?   

— Deixa de besteira, Lauana. - Ela responde chateada. — Foi uma péssima ideia te chamar pra vir junto.   

Depois dessa, Lauana fica calada o trajeto inteiro. Ao chegar perto de sua casa, Lauana desce da carruagem sem despedir-se de Marília. Ela pouco se importou com essa atitude. 

Chegou na frente de sua casa descendo da carruagem e entrando sem muitos rodeios.   

— E então, Marília? Gostou da noiva?