40 - Teimosa

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Lari colocou Luísa nos braços e levou-a até o quarto. Deitou-a na cama e alisou sua testa.

— Calma, você tem certeza que a criança quer nascer? Luísa, você está só com 3 meses e poucas semanas. Não está na hora ainda.

— Eu... - Ela puxa o ar. — Eu não sei. Dói, dói muito. Parece que... Que vou parir um elefante.

No outro quarto, Maraisa era deitada na cama por Marília. Ao se afastar de Luísa, Maraisa sentiu a dor indo embora.

— A dor passou?

— Sim, incrivelmente passou. - A jovem suspira aliviada. — Provavelmente é efeito desse ócsio.

— Tenho que ir ver a Luísa. A situação dela não é o ócsio. — Marília beija a testa da esposa e sai do quarto.

Ruth fica fazendo companhia a Maraisa. No outro quarto, o doutor Rubens começa a analisar a situação de Luísa. Lari, Mário e Marília observam tudo.

— A criança está em sofrimento fetal. - O doutor explica. — Não sei, é estranho. Está muito longe do nascimento. Não posso fazer o parto, os dois morreriam.

— E o que vamos fazer? - Lari pergunta aflita. — Ela não pode ficar sentindo dor assim.

O doutor faz Luísa engolir duas cápsulas e minutos depois a mesma adormece.

— Acho que a medicina não pode ajudar. Vocês já sabem a quem recorrer. - Rubens avisa arrumando suas coisas. — Ela vai dormir por pouco tempo. Quando acordar, a dor vai voltar. Melhor se apressarem.

Mário acompanha o doutor e Lari vai correndo atrás de Ally. Marília senta do lado da cama e segura na mão de Luísa. Sua outra mão vai até o ventre da mesma.

— Vai ficar tudo bem. - Sussurra.

— Ela está bem? - Marília se assusta ao ver que Maraisa estava à porta, vendo tudo.

— Apenas adormecida. - Ela sai da cama. — E por que você está fora da cama?

— Não aguento ficar deitada muito tempo. E algo me fez vir até aqui. - A garota abaixa a cabeça. — Você gosta dela?

— Sim, é a mãe de um filho meu. Mas o meu jeito de gostar é bem diferente do que você está pensando.

Maraisa aproxima-se de Luísa e toca no rosto suado da garota. Luísa é bonita, tem traços definidos. Maraisa constatou que com certeza Marília se sentiu atraído por ela. Transar sem no mínimo sentir atração não existe.

— Você acha ela bonita? Digo, mais bonita do que eu?

— Você está esquisita. Desde quando você está tão insegura assim? Não basta eu amar você?

— Desculpa. - Ela sussurra. — Talvez sejam os hormônios.

Nesse momento Lari entra no quarto juntamente com Ally. A mesma já despe o ventre de Luísa e tenta manter contato com o bebê. Maraisa encosta na porta pra observar. Lari fica inquieta juntamente com Marília.

— A garota está bem. Mas existe uma corda.

— Uma corda? - Todos perguntam em uníssono.

— Uma corda de magia unindo ela à alguém. - A bruxa explica. — Alguém provoca tudo que ela sente e se não parar, os dois morrerão.

— Não tem jeito pra quebrar essa corda? Sei lá, um machado mágico. - Lari diz aflita. — Só faz alguma coisa, por favor.

— Nunca fiz uma corda. Nunca ousei fazer por que é muito perigoso brincar com a vida e a morte de alguém. - Ally diz tão aflita quanto Lari. — Imagino quem esteja com a corda.

Prometida à alfa - Malila g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora