Lari colocou Luísa nos braços e levou-a até o quarto. Deitou-a na cama e alisou sua testa.
— Calma, você tem certeza que a criança quer nascer? Luísa, você está só com 3 meses e poucas semanas. Não está na hora ainda.
— Eu... - Ela puxa o ar. — Eu não sei. Dói, dói muito. Parece que... Que vou parir um elefante.
No outro quarto, Maraisa era deitada na cama por Marília. Ao se afastar de Luísa, Maraisa sentiu a dor indo embora.
— A dor passou?
— Sim, incrivelmente passou. - A jovem suspira aliviada. — Provavelmente é efeito desse ócsio.
— Tenho que ir ver a Luísa. A situação dela não é o ócsio. — Marília beija a testa da esposa e sai do quarto.
Ruth fica fazendo companhia a Maraisa. No outro quarto, o doutor Rubens começa a analisar a situação de Luísa. Lari, Mário e Marília observam tudo.
— A criança está em sofrimento fetal. - O doutor explica. — Não sei, é estranho. Está muito longe do nascimento. Não posso fazer o parto, os dois morreriam.
— E o que vamos fazer? - Lari pergunta aflita. — Ela não pode ficar sentindo dor assim.
O doutor faz Luísa engolir duas cápsulas e minutos depois a mesma adormece.
— Acho que a medicina não pode ajudar. Vocês já sabem a quem recorrer. - Rubens avisa arrumando suas coisas. — Ela vai dormir por pouco tempo. Quando acordar, a dor vai voltar. Melhor se apressarem.
Mário acompanha o doutor e Lari vai correndo atrás de Ally. Marília senta do lado da cama e segura na mão de Luísa. Sua outra mão vai até o ventre da mesma.
— Vai ficar tudo bem. - Sussurra.
— Ela está bem? - Marília se assusta ao ver que Maraisa estava à porta, vendo tudo.
— Apenas adormecida. - Ela sai da cama. — E por que você está fora da cama?
— Não aguento ficar deitada muito tempo. E algo me fez vir até aqui. - A garota abaixa a cabeça. — Você gosta dela?
— Sim, é a mãe de um filho meu. Mas o meu jeito de gostar é bem diferente do que você está pensando.
Maraisa aproxima-se de Luísa e toca no rosto suado da garota. Luísa é bonita, tem traços definidos. Maraisa constatou que com certeza Marília se sentiu atraído por ela. Transar sem no mínimo sentir atração não existe.
— Você acha ela bonita? Digo, mais bonita do que eu?
— Você está esquisita. Desde quando você está tão insegura assim? Não basta eu amar você?
— Desculpa. - Ela sussurra. — Talvez sejam os hormônios.
Nesse momento Lari entra no quarto juntamente com Ally. A mesma já despe o ventre de Luísa e tenta manter contato com o bebê. Maraisa encosta na porta pra observar. Lari fica inquieta juntamente com Marília.
— A garota está bem. Mas existe uma corda.
— Uma corda? - Todos perguntam em uníssono.
— Uma corda de magia unindo ela à alguém. - A bruxa explica. — Alguém provoca tudo que ela sente e se não parar, os dois morrerão.
— Não tem jeito pra quebrar essa corda? Sei lá, um machado mágico. - Lari diz aflita. — Só faz alguma coisa, por favor.
— Nunca fiz uma corda. Nunca ousei fazer por que é muito perigoso brincar com a vida e a morte de alguém. - Ally diz tão aflita quanto Lari. — Imagino quem esteja com a corda.
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Prometida à alfa - Malila g!p
FanfictionFilha do líder de uma alcatéia forte, Maraisa sempre dedicou-se a assuntos que não se referiam a lobos. Sabia que o que estava em seu DNA não podia ser mudado, mas preferia negar. Gostava de ensinar as crianças do vilarejo e ajudar quem precisava. ...