39 - Enlouquecer ou enlouquecer

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Maraisa virou-se bruscamente afastando-se do assassino que agora estava em sua frente, cara a cara. A admiração nos olhos de Mathew causava medo em Maraisa. 

— Desejei muito estar frente a frente com você, Almira. - Ele caminha em sua direção e ela recua. 

— Eu sou a Maraisa, seu imundo! - Bradou entre os dentes. — Almira é o nome da mulher que você matou, a minha mãe. 

Mathew para e então parece recordar-se de algo que há muito tempo não lembrava. Maraisa, muito assustada, virou-se e saiu correndo, mas Mathew apareceu em sua frente fazendo-a estancar. 

— Almira ou Maraisa, tanto faz. São uma só mesmo. - Ele toca no rosto de Maraisa que fecha os olhos com medo de qualquer reação louca dele. — Não vamos alongar demais essa conversa, princesa. Um passarinho preto me contou que sua gravidez é arriscada por que você está passando pelas fases ruins do ócsio. Aposto que se recusa a tirar o cachorrinho da sua barriga. 

— Meu bebê não é cachorrinho, seu maldito! - Maraisa bate em Mathew que a impede segurando seus pulsos. — Me larga, seu monstro! 

— Para de dar chiliques, Maraisa! - Mathew grita fazendo Maraisa encolher-se de medo. — Estou aqui para te dar a solução para os seus problemas. - Ele tira do bolso um vidrinho com um líquido amarelado. — Isso aqui fará você levar sua gestação até o fim sem nenhum efeito indesejável do ócsio. 

Mathew agita o líquido na frente de Maraisa fazendo a mesma encará-lo. Ela engole seco e pisca os olhos algumas vezes. 

— Você está blefando! - Riu de contragosto. — E como você sabe tanto da minha vida? 

— Eu sei tudo sobre a mulher que eu sempre amei. - O jeito que Mathew fala deixa a garota enojada. — Mandei as melhores bruxas prepararem isso pra você. Essa é só a primeira dose. 

— Você não iria me dar uma coisa dessa assim, do nada. Eu não acredito em você. 

— Você vai morrer, Maraisa. - Mathew abre os braços. — Se continuar assim, será você ou o bebê. Não tem escapatória a não ser que tome todas as doses disso aqui. - Ele torna a agitar o líquido. — Eu quero você viva, muito viva pra ser minha. Acha que eu iria te matar de novo tendo a chance de ter você? Eu não sou burro. 

Do nada, Mathew olha por trás de Maraisa parecendo estar ouvindo algo. Logo torna a olhar para a mesma. 

— Toma. - Ele joga o vidrinho e a mesma agarra. — Quando decidir tomar esse, precisa me procurar para conseguir mais. Esse lugar aqui será nosso ponto de encontro. Caso não tome, sinto muito, mas você não viverá pra ver seu filho nascer. Até breve.

Mathew some e Maraisa ouve pisadas fortes vindo ao seu encontro. Enfia o vidrinho no decote e passa as mãos pelo rosto. Dois lobos param perto da garota que arfa ao vê-los. Um era Marília e o outro era Bruna. 

Marília rosna forte pra Maraisa e logo se abaixa para ela subir nas suas costas. Dá um olhar estranho para Bruna e segue em passos lentos para casa deixando a amiga pra trás. 

— Desculpa. - Maraisa sussurra para Marília que rosna outra vez. 

Ao chegar em casa, Maraisa é recebida por Ruth e Mário que aguardavam na porta. Ao descer das costas de Marília, Maraisa recebe um abraço forte dos sogros. 

— Você quer nos matar, menina? - Falou Ruth. — Nunca mais faça isso, por favor. Vamos entrar, está frio. 

Depois que entrou, Maraisa seguiu diretamente pro quarto. Antes de fechar a porta, Marília coloca a mão e entra. Ao ouvir a porta sendo fechada atrás de si, bufou. 

Prometida à alfa - Malila g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora