13 - Se apaixonando

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Marília já estava angustiada, o médico estava demorando demais.

— Calma, irmã. Provavelmente ele deve estar atendendo alguém. - Lari toca no ombro de Marília.

A porta é aberta e então o doutor Rubens entra acompanhado de Ruth. Ele prontamente se põe a analisar as condições de saúde de Maraisa.

Marília se afasta um pouco esperando o médico terminar de mexer na sua esposa.

— Ela é uma loba? - Rubens pergunta cuidando dos ferimentos na testa de Maraisa.

— Sim, é. - Marília responde. — Não sei por que ela ainda não acordou. Já deveria estar se curando também.

Rubens começa a olhar os globos oculares de Maraisa e a ouvir seus batimentos cardíacos. Ruth sussurra pra Marília que mandou avisar ao pai de Maraisa sobre sua situação.

— Pelo que vejo ela não está muito ferida. Ela tem algo esquisito, pois deveria estar se curando. - Ele começa a recolher seus objetos de trabalho. — Por via das dúvidas, me chamem se ela não acordar. E não relaxem na alimentação dela.

— Muito obrigada, doutor. - Ruth acompanha Rubens até a porta de saída.

Marília aproximou-se de Maraisa encarando seu rosto que estava com dois curativos na testa. Lari ficou encarando o gesto da irmã com sua esposa.

— Você fica irreconhecível quando se preocupa com alguém... - A voz da irmã mais nova preenche o ambiente. — Acho que tem alguém se apaixonando...

— Deixe de suas graças, Lari. É meu dever protegê-la e eu não fiz isso. — Marília cruza os braços olhando pra Lari.

Lari deixa Marília à sós com Maraisa, ela já tinha ficado tempo demais. Ouviu um burburinho na sala, então pode ver que Marcos e Maiara chegaram.

— Onde é o quarto da minha filha? - Marcos berrava aperreado.

Não esperou respostas e saiu abrindo as portas até encontrar uma entreaberta, a que sua filha estava. Maiara entrou logo depois dando um soco no rosto de Marília que foi jogada no chão.

— O que você fez com minha irmã, sua cretina? - Maiara encara Marília que tem uma mão no queixo.

— Eu não fiz nada, querida cunhada. - Levantou-se irritada. — Sua irmã resolveu bancar a louca e correu mais do que podia em cima do cavalo. Eu socorri, não provoquei nada.

Marcos alisava o rosto de Maraisa se sentindo desarmado ao ver sua filha naquele estado. Ela tinha um rosto suave, parecia estar dormindo tranquilamente.

— Deixe de besteira, Mai. Marília não teria coragem de machucar minha Maraisa. - Marcos encara sua filha. — Ela provavelmente vai demorar a acordar.

— Isso que eu estava tentando entender... - Marília aproxima-se de Marcos. — Por que ela está demorando tanto a se curar já que é uma loba?

— Simples, por que ela nunca se transformou. Maraisa nega até a morte sua herança sobrenatural, sua condição de loba. Devido a isso, vive como uma humana qualquer.

Marília arregalou os olhos digerindo a recente informação. Seria por isso que o cheiro dela é tão atrativo ao seu lobo?

— Não posso ficar, mas avise-me assim que ela acordar. Mandarei as ervas que ela cultivava lá no casarão para fazerem o chá que ela toma para controlar-se. Até breve, Marília.

Marcos sai do quarto fazendo uma anotação mental de que precisava lembrar-se de mandar as ervas para sua filha. Maiara encara Marília que a encara de volta.

Prometida à alfa - Malila g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora