Loren Colucci era a noiva de Mário Monteiro desde a adolescência, mas nenhum dos dois desejava a união.
Loren não suportava a ideia de se casar com o menino que viu crescer e com ele não era muito diferente, se existisse algum tipo de sentimento bo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
LOREN
Meu coração batia acelerado, eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.
Encarei Mário então, desviei meu olhar para a garota com uma barriga saliente ao seu lado, depois, encarei meu primo, o Dom da Camorra e pressionei os lábios tentando não sorrir.
Meu Deus.
Aquela mulher estava a pouco mais de um ano morando na Itália, mas tinha conseguido mudar toda a minha vida nesse curto período.
Não sorria, Loren, não sorria.
— Desculpe, o que disse, primo? - perguntei a Felipo, apenas para ter certeza de que o que ele havia falado era real, afinal, sempre existia a possibilidade de eu estar delirando.
— O noivado com Mário será desfeito se você concordar - Felipo repetiu as mesma palavras de antes. Desviei meu olhar para Mário e a garota grávida, eu não sabia seu nome, todos a chamavam de Águia e a respeitavam porque ela era uma espiã infiltrada quando esteve na Grécia. — Loren...
— Estou feliz que isso esteja acontecendo antes de um possível casamento - é tudo que consigo dizer a eles, a não ser o gritar o quanto eu estou feliz com a notícia, nenhum deles fazia ideia do quanto eu estava feliz e não sabia como reagiriam se soubessem. — É bom que se casem logo, assim não haverão boatos sobre seu bebê ser um bastardo.
A garota abaixou a cabeça.
— Sinto muito - ela disse em um sotaque carregado. O italiano de Sirena era mil vezes melhor que o dela, apenas para constar. Existia uma cota de quantos gregos eu podia gostar, principalmente depois de tudo que aconteceu nos últimos meses, e ela já tinha sido preenchida pela esposa do meu primo, que também era minha melhor amiga.
— Não quero suas desculpas - respondi sincera. Eu que devia agradecê-la por me livrar de algo que eu nunca quis.
Não sorria, Loren, não sorria.
— Ela não é culpada, Loren - Mário disse, saindo em defesa de sua amada.
— Eu sei que não - concordei rapidamente. Ela não era a culpada. — Você é.
— Loren - Felipo chamou minha atenção, mas não estava me repreendendo por responder Mário, eu sabia que não. — Todos os seus bens serão passados para seu nome e você sairá da casa de Mário ainda hoje.
— Onde vou ficar? - perguntei, vasculhando em minha mente locais que eu poderia comprar com o dinheiro da minha herança... Eu viajaria o mundo assim Felipo permitisse. Eu diria a ele que estava sofrendo pelo pé na bunda, mas, na verdade, eu iria curtir minha liberdade! Algo que nunca pensei que teria. Liberdade! A palavra que antes era um sonho distante agora parecia mais possível e doce do que nunca.