Pérolas e suco de laranja

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O êxtase consumiu o corpo de Juyeon.

Um gemido fino, satisfeito. Satisfeito até demais, talvez.

O príncipe desabou na cama em seguida, o corpo mole se esfregando no colchão macio e no travesseiro de plumas. Todo o corpo estava entorpecido pelo prazer que veio naquele momento.

— Você nunca perde o jeito. — A voz de Sangyeon entrou nos ouvidos do amante de maneira suave, roçando a nuca do príncipe.

— Não me provoque — disse, dando uma cotovelada fraca no abdômen do outro atrás de si. — Preciso ir para o quarto, antes dos servos chegarem.

A voz de Juyeon saiu carregada de desgosto e descontentamento. Sangyeon então avançou, envolvendo o tronco do príncipe em seus braços, abraçando-o por trás de maneira meiga, o toque carinhoso, os dedos dançando sobre a pele macia e bem cuidada enquanto beijos eram distribuídos na nuca do mais novo. Juyeon tocou as mãos do nobre em seu corpo, sentindo o corpo maior atrás de si. A diferença de tamanho entre eles causavam certo agrado no príncipe, que podia ser mais alto, mas tinha o corpo mais magro e os ombros menores.

— Batemos o nosso recorde, cinco dias antes de você vir para a minha cama.

— Falou quem não aguentou nem dois dias sem invadir meu quarto particular — rebateu o príncipe, risonho.

— É difícil resistir a te encher de porra, gosto de vê-lo pintado com o meu branco. — As safadezas de Sangyeon causavam arrepios em Juyeon, que sempre se recusava a respondê-las a altura. — Seria um escândalo se os netos da Rainha pudessem ter asas de demônio e magia.

— Que bom que não terão, pois, me cuido muito bem! — Com um suspiro alto, Juyeon saiu da cama, deixando o outro para trás enquanto vestia seu pijama e robe.

— Vai vir hoje à noite, depois do baile? — perguntou o Lee mais velho, ainda deitado de lado na cama, o tronco forte exposto enquanto da cintura para baixo seu corpo era coberto pelo lençol branco. — Merece se divertir.

— Irei me divertir com meu marido, obrigado, Sangie, mas vamos manter a descrição.

— Claro, meu amor. — Levantando da cama, nu, o futuro lorde envolveu o príncipe em seus braços, o calor dos corpos juntos gerava um conforto mútuo. — Te vejo mais tarde.

— Até mais tarde — dizia o príncipe, virando-se e deixando um beijo estalado nos lábios alheios. — Amor.

Juyeon retornou de maneira silenciosa ao quarto que dividia com Sunghoon. Como havia se planejado bem, os aposentos reservados ao filho do Lorde Lee eram no corredor mais próximo aos dos príncipes, devido à proximidade na hierarquia da nobreza. Não havia dificuldade em dar escapulidas noturnas, mas o cuidado sempre foi necessário para evitar serviçais que trabalham nos horários noturnos.

Quando Juyeon estava diante da porta de seu quarto de casal, onde poderia simplesmente dizer a qualquer um que tinha saído para espairecer um pouco devido ao mau sono, o príncipe consorte viu a porta de madeira escura sendo aberta. Os cabelos desgrenhados e a roupa da noite anterior, que estava sendo arrumada de maneira mínima, mesmo que os amassados fossem nítidos, entregava as longas horas em que Kim Jiwoong havia passado ali dentro.

— Alteza — disse o mais velho, seu sorriso descarado de sempre surgindo entre os lábios. Se Juyeon não o conhecesse, julgaria se tratar de uma provocação tola.

— Senhor Kim — respondeu, junto de um aceno, indicando para o outro partir logo.

O príncipe se apressou em retornar ao quarto, correndo seus olhos pelos corredores. Por sorte não havia ninguém, então ele adentrou o quarto.

Espelho Espelho Meu - JakehoonOnde histórias criam vida. Descubra agora