O passado está voltando

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AVISO IMPORTANTE

Se você tem algum problema relacionado a traumas envolvendo relacionamentos abusivos, e abusos de cunho sexual, físico e psicológico, esteja advertido que cenas desse capítulo podem gerar desconforto extremo. Não há nada explicito, mas devo deixar alertado a respeito.

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Não havia nada muito natural em abrir seus olhos, e deparar-se com você mesmo e seu ex-namorado filho da Cinderela lhe dando uma tapa cada, golpes tão fortes no rosto, que sente o gosto de sangue surgindo na boca.

Sunoo que também estava ali, foi logo para atrás de um Sunghoon mais novo e que assim como o Kim, também tinha cabelos pretos, vestindo o uniforme da "Escola dos Bons" da maneira impecável que somente ele conseguia. Haviam outras pessoas ao redor, assistindo à cena. Murmúrios percorriam o corredor mais rápido do que ele conseguia perceber, todos falando sobre a ceninha em que estava metido sem saber.

— Nunca mais ouse espalhar essas coisas sobre mim, seu peixe sujo e fedorento — diz o outro Sunghoon, despertando Sunghoon de seus pensamentos e confusão.

Ele o agarra pelo colarinho, levantando seu corpo e Hoon pôde sentir o frio dos armários do corredor em suas costas, o metal frio se chocando contra seu corpo. Um pânico incontrolável surge, acompanhado de medo e ansiedade. Podiam sentir seu coração batendo mais rápido do que nunca, os olhos marejados prestes a chorar e as mãos tremendo, tentando tocar o braço daquele a sua frente.

De maneira brusca, é jogado para o chão, sentindo quando sua cabeça bate no chão frio. Tudo fica embaçado, mas sua visão volta a tempo do que se seguia.

Não haviam professores por perto, e aquela zona não tinha câmeras, os alunos próximos apenas assistiam enquanto falavam, já que não tinham como gravar ou tirar fotos devido a um feitiço da escola. Ninguém veio ajudar quando o outro Sunghoon subiu sobre si, começando a acertar seu rosto com socos e tapas fortes o bastante para deixarem a marca dos dedos magros em suas bochechas. Quando as mãos dele envolveram seu pescoço, conseguiu sentir um terror que nem seu pai conseguia trazer à tona quando o espancava para discipliná-lo.

— Implore perdão ao Sunoo! — A cópia gritou, espremendo o pescoço de sua vítima ao ponto de não deixá-lo respirar. Não havia como tirar uma resposta dele, se não conseguia nem falar, e o sorriso no rosto do farsante indicava isso. Não pretendia deixá-lo falar nada, apenas lhe ensinar algo. — Seu mentiroso nojento!

Sunghoon podia sentir que estava chorando, chegava a soluçar, o rosto molhado de lágrimas salgadas e o corpo tremendo.

Ele viu quando Sunoo, logo atrás aproximou-se, sorridente, vindo logo atrás de sua cópia e o puxando de leve. Sua voz soou como a do Sunoo que Sunghoon conhecia, doce e gentil, tão manhoso e dócil.

— Amor, me perdoe por duvidar se você. Meu Hoonnie nunca iria me trair, fui bobo de duvidar — dizia o menor, aplacando a falsa raiva do namorado com seus toques suaves e o cheiro adocicado, acompanhado de indícios de uma noite proveitosa.

A cópia saiu de cima de Sunghoon, acompanhando o namorado. Sunghoon pôde ver quando Sunoo olhou em sua direção, sorrindo ladino, de maneira vitoriosa, como se estivesse dizendo "Viu como eu tinha razão? Ele prefere a mim, não você". Logo o Kim virou-se, e todos no corredor começaram a partir, deixando a vítima jogada no chão.

Espelho Espelho Meu - JakehoonOnde histórias criam vida. Descubra agora