Usada Como Vingança - Jenlisa (G!P)

Chapter#21

O tempo estava frio, a maioria das pessoas usavam casacos grossos ou sobretudo, peças caras que na sua maioria eram de marcas bem conhecidas que certamente pertenciam a Chanel.

Seja no Central Park.

Na Time Square.

Ou quem sabe em Wall Street. 

Mas no momento nada disso era importante, pois a própria reencarnação da Chanel havia acabado de entrar no elevador da empresa e não estava sozinha, sua assessora permanecia ao seu lado como símbolo fiel dos seus melhores negócios.

Pelo menos até agora.

Quem via achava que era apenas isso, mas longe dos olhos curiosos lá estava as duas, dentro da caixa metálica trocando afeto.

Lalisa acordou com uma ressaca daquelas por ter bebido mais do que deveria, a tailandesa estava com o rosto escondido no pescoço da menor que deslizava a canhota em suas costas. 

Ver Lisa doente é como compará-la a uma criança indefesa, ela certamente precisa de cuidados.

— Deveríamos ter cancelado essa reunião.

— Não mesmo. — Lisa olhou para a luz do elevador. — É seu trabalho e de qualquer forma eu preciso estar perto de você, não se esqueça que foi pra isso que eu fui contratada.

— Eu sei… — Jennie tirou os óculos escuros da bolsa e colocou no rosto da mais velha. — Tá incomodando, né?

— Um pouco. 

As portas do elevador abriram e as duas saíram de dentro, Jennie foi na frente sendo seguida por Lisa que se questionava do porque não havia dado um beijo na coreana antes de sair de casa.

Seu mau humor durante a parte da manhã já era certo principalmente depois de beber e acordar com ressaca.

Talvez ela tenha feito isso para não ser grossa ou coisa do tipo.

Provavelmente tenha sido isso.

Como a reunião havia sido bem cedinho, a modelo foi convocada para ter uma conversa com o representante em relação aos boatos e sobre a fala infeliz do cantor usada ontem a noite.

Ou seja…

Ainda estão na empresa para resolver problemas.

Leves batidas foram deferidas na porta de vidro chamando total atenção do ruivo que parecia cansado em sua cadeira, o representante enviou uma mensagem para a modelo permitindo que a mesma pudesse entrar no cômodo, a sala tinha cancelamento acústico e os vidros impediam o som de chegar fora da sala.

Lalisa avistou Dara sentada na poltrona com a mão apoiando o queixo, a tailandesa estava praticamente dormindo e aquela imagem fez os olhos da fuzileira recordar de momentos parecidos.

— Desculpe por ter chamado vocês, sei que já nos vimos na reunião, mas não poderia tratar isso lá. — Sinclair sorriu gentilmente, logo apontou para as duas cadeiras na frente de sua mesa. — Se poderem sentar, iremos iniciar esse monólogo o quanto antes e eu prometo que libero vocês.

— Tudo bem, imprevistos acontecem o tempo todo e como já deve ter percebido, prefiro tratar essas coisas pessoalmente. — A ruiva sentou-se na cadeira retirando o celular da bolsa para verificar as mensagens.

— Ótimo, acho que a gente já pode começar. — O ruivo viu a morena fitando sua esposa. — Algum problema, Lalisa?

— Não, nenhum. — Os olhos da tailandesa não desgrudaram da mulher em momento algum.