Usada Como Vingança - Jenlisa (G!P)

Chapter#24

A casa da família Kim estava um desastre, os móveis permaneciam intactos por algum milagre divino, mas as pessoas que ali habitavam estavam a ponto de ter um colapso nervoso.

Desde o momento em que a tailandesa passou por aquela porta, Yeji torcia para que Hye tivesse todas as aulas na escola, pois sua casa se transformou em um ambiente de atmosfera pesada e a mais velha não iria conseguir acalmar mais uma pessoa.

Não com Jennie e Durval quase se matando dentro de casa.

A juíza estava tão impaciente com aquilo que já não aguentava mais ouvir as palavras espinhosas que as duas pessoas em sua frente cuspiram ao vento, por isso foi preciso chamar Jisoo e Chaeyoung para tentar acalmar os ânimos.

Obviamente o mais velho se calou quando as duas chegaram, mas Jennie não, a coreana continuou disparando todo o seu descontentamento.

Não faltou argumentos, pelo menos não para ela.

— Faz quanto tempo que ela saiu?

— Duas horas.

— DUAS HORAS?! — A neozelandesa cobriu seu rosto com as mãos e em seguida deslizou seus dedos entre seus fios loiros numa tentativa falha de afastar certos pensamentos. — Qual é o problema de vocês? Ao invés de procurar por Lalisa, estão aqui brigando feito idiotas!!

— Chaeyoung, lembre-se do que viemos fazer aqui. — Dizia Jisoo após beijar o dorso da mão da namorada. — Lalisa é uma ex-fuzileira, ela vai ficar bem.

— Não, ela não vai ficar.

— O que te faz pensar isso? — Perguntou Yeji querendo saber o motivo daquela preocupação fora do comum.

— Vocês se esqueceram que ela não tem para onde ir? — Todos olharam para Roseanne que não se importava em medir palavras. — O único lugar que ela tinha, era o apartamento e nem isso ela tem mais, já que vocês fizeram Lisa entregar a chave. — A loira suspirou imaginando inúmeros cenários. — A residência da Jennie é longe daqui, não há possibilidade nenhuma dela ter ido pra lá, fora que os seguranças e os carros estão todos aqui na garagem de vocês.

— Ela tem razão… — Murmurou Jennie se sentando na poltrona.

Yeji se sentiu culpada, pois a própria havia planejado a aproximação entre as duas e por sua causa, Lalisa poderia estar em qualquer lugar por aí.

A juíza poderia muito bem ter impedido o marido de ter feito o que fez, mas a forma como Durval estava seria impossível intervir.

Mesmo sendo ela a pessoa que dá a palavra final, a coreana não conseguiu fazer absolutamente nada.

Yeji estava péssima.

Todos ficaram em silêncio por um tempo, pelo menos até o celular de Jennie tocar e a mesma pular da poltrona para atendê-lo.

Ao olhar para a tela e não ver o nome da tailandesa, a modelo suspirou entristecida, logo atendendo o celular.

— Sinto muito, mas minha agenda está fechada por tempo indeterminado. — Quando a ruiva iria desligar o telefone a pessoa do outro lado da linha disse algo que prendeu sua atenção. — Não, só minha família. Certo, irei colocar no viva-voz.

Jennie fez o que havia dito e se virou para os demais que a olhava com feições curiosas.

— Eu sou a hacker que entrou em contato com Lalisa, sei que vocês tem várias perguntas para fazer, mas não posso respondê-las agora. — O barulho de uma impressora soou do outro lado da linha seguido de um suspiro. — Espero que Lalisa esteja presente, pois tenho informações sobre as pessoas que perseguiram vocês.