Usada Como Vingança - Jenlisa (G!P)

Chapter#52

Após toda adrenalina e desespero que Chaeyoung sentiu, as pessoas que estavam no local conseguiram ouvir o pedido de socorro vindo do brinquedo e pararam de imediato, graças a segurança do parque e da unidade de serviço médico que se encontrava no local, a modelo foi levada às pressas para o hospital ainda inconsciente.

Dando destaque naquela noite, as pessoas se cansaram de ligar para o celular da tailandesa que tocou sob a mesinha de madeira até a bateria acabar, muitos contatos diferentes tentaram falar com a fuzileira que infelizmente se encontrava perdida no mundo dos sonhos.
A pessoa que simplesmente desistiu de ligar acabou saindo da residência e caminhando pela propriedade até entrar no casarão na intenção de buscar a bolsa que Jennie havia preparado para a chegada da bebê. Yeji chegou no quarto e acabou encontrando Lalisa dormindo com a roupa que havia ido para a fábrica, seu corpo parecia tenso e um pouco mais ao lado havia duas cartelas de remédio, o que certamente explicava o seu desaparecimento e a falta de retorno durante as ligações, mas mesmo assim a juíza não pode fazer nada, apenas pegou o que tinha que pegar e correu para o hospital.

Jennie Kim havia entrado em trabalho de parto antes da hora, a situação da modelo era perigosa e por isso os pais da garota precisaram ser informados sobre os possíveis acontecimentos, mas como a família não queria tomar uma decisão no lugar da fuzileira, acabou que os médicos decidiram que iriam priorizar a vida de Ayumi.

Propriedade da Família Kim (14h26PM)

Era de manhã quando Durval decidiu ir para casa tomar um banho e descansar após ter passado por um choque muito grande. O homem precisou ir até a fábrica para organizar a papelada na intenção de usar o trabalho para tentar esquecer os problemas, afinal, a decisão já havia sido tomada e a cirurgia aconteceu, não tinha como voltar atrás.

Depois de horas sofrendo por antecedência dentro do escritório da fábrica, o empresário decidiu que estava na hora de descansar, pois o mesmo teria uma missão muito difícil daqui a algumas horas, ele ficou responsável em dar as más notícias para a nora que pelos relatos de sua esposa ainda estava dormindo. Não havia como fugir daquilo, as horas se passaram, a insônia bateu e o homem acordou, Durval fez toda higiene, tomou um banho e escolheu uma roupa decente em prol de afastar o semblante cansado e de culpa que o mesmo carregava em seu rosto.

Os dois casarões que ficavam dentro da propriedade eram um do lado do outro, o que facilitou a entrada do mais velho na residência de sua filha.
Durval sabia que a suíte do casal ficava no andar de cima e por isso se adiantou em ir na cozinha para avisar Vittorino sobre o café da manhã que normalmente eles tomavam no jardim antes de ir para suas respectivas ocupações.

Após ter usado o elevador da casa, o empresário foi em direção à suíte e ao abrir a porta acabou dando de cara com sua nora deitada na mesma posição da  foto que Yeji tirou antes de sair correndo para o hospital. O mais velho caminhou até a beirada da cama e com delicadeza afastou os fios de cabelo que estavam cobrindo o rosto da tailandesa, a mulher em sua frente tinha feições serenas em seu rosto e Durval temia por sua reação quando acordasse para receber a bendita notícia.

Ele não estava preparado.

— Lalisa? — Durval chamou enquanto afagava os cabelos da mais nova. — Está na hora de acordar.

A fuzileira abriu os olhos e assim que o grisalho viu a dificuldade da mulher para levantar, logo ajudou a mesma a sentar na cama, sua destra deslizava sob as costas da morena que olhava para os objetos do quarto enquanto sentia uma forte dor de cabeça. Depois do ocorrido com Hye, Durval e Lalisa ficaram muito próximos, o que acabou fazendo com que o mais velho tratasse ela como filha, todo o carinho que o homem não demonstrava fisicamente passou a demonstrar, o grisalho cuidava da morena como se a qualquer momento a mesma pudesse quebrar. A amizade dos dois se tornou mais forte e Yeji também não ficou de fora, já que cuidava da nora como se ela fosse uma criança, principalmente quando a fuzileira acabava tendo algum gatilho.