Melinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também.
Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger.
Ou Sebastian para os íntimos.
Col...
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—Aquele dia você foi embora da festa.—Colin comenta quando já estamos sentados na lanchonete perto do campus. O garoto retirou sua jaqueta escura, deixando os braços fortes marcados pelo tecido da blusa de mangas compridas à vista. O boné do time permanece virado para trás como costumeiro.
Assinto.
—O cheiro da vodca estava forte demais.—Falo sorrindo.—Tive que ir. Eu posso entregar sua camisa quando formos embora. Ela está no meu dormitório. E não se preocupe, eu a lavei.
Ele nega com a cabeça de um lado para o outro.
—Sem problemas.—Sorri de canto.—O que quer pedir?
Pergunta me empurrando o cardápio.
—Café puro.—Falo sem olhar. Colin dá uma risada.
—Café puro?—Questiona com as sobrancelhas erguidas.—Quantos anos tem, Melinda? Setenta?
Cruzo os braços franzindo a testa.
—Vinte.—Afirmo óbvia.—Café é a melhor bebida que existe.
O cara nega com uma careta.
—Já experimentou Double-double*?—Questiona e eu faço questão de rolar meus olhos nas órbitas.
Canadenses e suas bebidas doces demais.
—Aquilo é uma bomba de açúcar.—Exaspero.—Você é o atleta aqui! Deveria se preservar.
Apenas isso é suficiente para causar uma gargalhada em Colin.
Confesso que é divertido vê-lo tão à vontade assim. Não que eu esteja acostumada com qualquer seriedade vinda do atleta.
Por mais que frenquentemos a mesma universidade, cursando um curso que se cruza em todos os semestres, eu e Colin Belanger nunca topamos por aí.
Ele já atraiu meus olhares por muitas vezes, mas isso é mais comum do que imaginam. Todas as pessoas aqui o encaram e o desejam, desde o momento em que entrou no campus.
—Que tal um café de abóbora? É doce, mas não tanto quanto o double-double.—Sugere apontando para a grande imagem do café em uma xícara em formato de abóbora.
—Por que não posso tomar meu café puro e amargo?—Questiono em um choramingo.—O amargo do café me lembra de como a vida adulta será ruim.
Dramatizo e novamente arranco uma risada dele.
—Mais um motivo para manter sua vida adocicada.—Rebate.—Faremos assim: Eu peço um café sem graça e sem açúcar, e você pede a melhor bebida existente nesse país.
Minha vez de dar risada.
—Vamos pedir o seu café doce e o café de abóbora também.—Aponto no cardápio.—Café perfeito e saudável e esse chá de ervas maravilhoso que eu e Kristen tomamos.