Melinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também.
Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger.
Ou Sebastian para os íntimos.
Col...
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Encaro os dois homens briguentos dentro do rinque patinando como se ha minutos atrás não se alfinetassem.
Maddox está bem melhor que na última vez que o vi, e segue as instruções que Sebastian e Darius falam a ele.
O treino está em pausa e a maior parte do time não se encontra no rinque, mas sim sentados próximos a mim no banco, enquanto os garotos patinam a frente.
—Esse é seu irmão, Melinda?—O garoto novinho que falou comigo no almoço com o time pergunta.
—É.—Respondo sorrindo.
—Ei, capitão.—Um outro chama.—Poderia ter toda essa paciência com a gente também.
Sebastian revira os olhos.
—Você, por um acaso, é a mulher dele?—Darius questiona.
—Não, mas se esse é o caso eu posso virar.—Rebate e me faz cair na gargalhada.
—Vai se fuder.—Balenger manda e eu solto um suspiro alto que chama sua atenção.
—Não xingue quando estiver perto de uma criança, Sebastian.—Vocifero.
Ele encolhe os ombros largos e procura meu irmão com os olhos, o vendo focado nos obstáculos colocados ao gelo para que passe por eles.
—Me desculpa, linda.—Pede coçando a nuca.
Todo o time explode em gargalhadas.
—Me chama de lindo também, capitão.—Um dos caras brinca e recebem um olhar mortal.
O tempo passa muito rápido enquanto estou ouvindo as piadas desses caras idiotas e os vendo treinar com meu irmãozinho no meio.
Meu peito incha de alegria ao imaginar Maddox em alguns anos fazendo o que ama tão intensamente.
Depois de nos despedirmos, vamos diretamente ao Mc Donald's comer e depois Sebastian dirige até o parque da cidade e vamos na roda gigante iluminada.
Maddox fica mais que feliz com a programação animada do dia, então as cinco da tarde quando estamos no caminho de volta, o garoto está desmaiado com a cara lambuzada de chocolate que Sebastian comprou a ele.
A mão larga do jogador está pousada na minha coxa enquanto os olhos permanecem focados ao trânsito.
Por que homens ficam tão lindos dirigindo? Será que isso é um fetiche meu?
Aff.
Ao chegar no campus, Sebs mais uma vez leva meu irmão para dentro, ignorando minha amiga deitada com Darius enquanto assistem um filme de um lado do quarto.
Aqueles dois...
Parados em frente ao seu carro, suspiro alto e seco o suor das minhas mãos no casaco.
Preciso ser sincera.
—Obrigado por hoje.—Agradeço desviando de seu toque e ignorando a expressão confusa.—Obrigado por ontem também, e obrigado pelos outros dias.
—O que está dizendo?
—Olha, Sebastian.—Coloco meu cabelo atrás da orelha e aperto minhas mãos.—Foi ótimo sair com você. E o meu irmão... Ele o considera um ídolo no esporte. Então, te agradeço por realizar um dos desejos dele também.
—Mas...?
Eu dou um estalo na língua.
—Eu não quero um relacionamento agora.—Falo rapidamente.—Não tenho um histórico bacana, e também não tenho vontade de voltar a me relacionar agora. Estou falando isso, porque acho que tomamos um rumo muito diferente do que eu estava esperando.
Os olhos castanhos acompanham cada pequena ação minha, atordoados, confusos e fodidamente lindos.
De repente me sinto mal em dizer essas palavras. De repente não parece certo.
—Espera. Wow.—Ele sorri sem jeito e se afasta alguns passos de mim.—Nunca teve, nem por um momento, a intenção de ter algo sério comigo?—Eu nego sentindo um amargo na boca. Ele suspira pesado.—Eu achei... Achei que em algum momento pudesse começar a... Isso significa que não quer mais sair comigo?
Eu assinto.
—Não quero nenhum mal entendido.—Explico estranhando minha voz rouca e grave.
Posso ver a mágoa brilhando em seus olhos.
—Podemos sair por enquanto... Ainda é cedo pra dizer...—Eu nego novamente o interrompendo.—Nunca fui uma opção para você, Melinda?
Sua pergunta sai tão carregada de mágoa, que reverbera por mim.
—Sebastian...
Ele sorri de lado.
—Tudo bem.—Assente.—Eu adorei sair com você. Todos os momentos. Eu... Estou apaixonado.—Assume com o rosto corando.—Mas tudo bem. Não precisa sentir o mesmo que eu. Só... Sei lá. Tudo bem. Eu acho... Que já vou. Nos falamos... Depois?
Ele não me deixa responder.
Apenas deixa um beijo casto na minha testa e entra no carro.
E eu percebo que talvez essa tenha sido a escolha mais idiota que já tive.
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