Melinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também.
Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger.
Ou Sebastian para os íntimos.
Col...
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Parada no saguão do aeroporto, encarando a porta de desembarque como uma louca preocupada, nem me dou conta de que há um imenso homem agarrado na minha cintura tentando me acalmar.
O voo de Mad atrasou por conta das tempestades, e meu coração falta sair do peito a qualquer momento.
Para nós de Brounch, voar não é uma coisa muito comum, então posso contar nos dedos quantas vezes voei para algum lugar.
Antes que minha mãe fosse diagnosticada com depressão severa, ela dirigia até Montreal para trazer Maddox, mas agora que sua licença foi retirada após um surto no meio da estadual, Mad precisa vir me ver de avião.
Graças aos céus nossa vizinha mais próxima tem um filho que também estuda na Universidade, então ela acompanha meu irmãozinho até aqui e o deixa em segurança comigo.
—Melzinha.—Ouço a voz rouca do meu garotinho e abro um sorriso enquanto o espero correr até mim com os braços abertos.
Quando nossos corpos se chocam, Sebs segura minhas costas para que eu não vá de encontro ao chão.
Fico dois meses sem ver essa pestinha e ele já cresceu mais dez centímetros.
Maddox é um garoto alto, e já alcança meu ombro mesmo com seus recentes onze anos de idade.
—Mad, você está enorme.—Falo enquanto acaricio os cabelos que voltaram a ser cacheadinhos. Ele ergue o rosto para mim e sorri.
—Estou com 1,70 de altura.—Fala orgulhoso.
—Que incrível! Onde está Grethe?—Pergunto e logo uma cabeça loira aparece em meu campo de visão.
Ela tem o sorriso no rosto redondo e as malas de Mad nas mãos.
—Olá, Melinda.—Cumprimenta com um abraço.—Linda como sempre.
Sorrio.
—Muito obrigado por trazê-lo, Grethe.—Agradeço.
A mulher se despede de nós e só assim me lembro que há um homem atrás de nós ansiando para ser apresentado ao meu irmão.
E Mad o encara como se o Justin Bieber estivesse em sua frente (Posso considerar Sebastian o Justin Bieber do hóquei?).
—Você é o Colin Balenger.—Afirma apontando.
Sebastian sorri.
—Mad, esse aqui é o... Sebastian.—Subo os olhos até meu brutamontes (ignorem o pronome possessivo, estou maluca).—Sebs, esse é meu irmão Maddox.
—Oi, carinha.—Sebs se abaixa para cumprimentá-lo, e isso me faz perceber o quanto ele maior que nós dois.—É bom te conhecer.
—Caraca.—Maddox sussurra encantando.—Eu sou seu fã, tipo... Número um.
Ergue o dedo para sinalizar e então dá um abraço em Sebastian.
—Me contaram isso.
Os olhos castanhos sobem até os meus e eu solto um suspiro ao ver a cena mais incrível da minha vida. Um sensação quente me invade, como se o frio congelante do Canadá este ano não fosse capaz de me esfriar nunca.
Meu irmão caminha de mãos dadas comigo e com Sebastian até o carro e não para de falar nem por um segundo sobre como é fã do trabalho dele.
—Vocês são namorados?—Pergunta quando paramos no semáforo alguns minutos depois de sairmos do aeroporto.
Engasgo com minha própria saliva e me viro para olhar o garotinho no banco de trás.
—Sebastian é meu amigo.—Explico dando um beliscão no joelho dele.—E pare de fazer tantas perguntas, vai deixá-lo maluco.
O garoto cruza os braços.
—Por que está usando esse casaco?—Aponta para meu moletom que na verdade é de Sebastian e claramente não há como mentir, pois o nome dele está estampado no tecido e o número com o qual jogou nas olimpíadas.
—Isso é um moletom, não um casaco.—Resmungo me virando para frente.
—Você tá gostando da minha irmã, Balenger?—A voz de Mad fica mais fina.
Sebastian coça a nuca claramente sem jeito.
—Cala a boca, Maddox Louis Winfred.—Exclamo.
Sebastian segura minha coxa e se vira para o banco de trás.
—Eu gosto dela.—Assume.—Seria um problema se eu fosse seu cunhado?
Meu corpo congela no lugar. Minha boca seca de repente e o sangue parece ferver nas minhas veias, causando um choque térmico estranho.
—Seria.—Mad responde bruto.—A Melinda é minha irmã e eu não vou deixar que nenhum idiota a machuque. Eu sou o homem da família.—Bate no peito, mas seus olhos estão cheios de lágrimas. Isso quebra meu coração.—Sem querer ofender.
Sebastian me olha com as sobrancelhas erguidas e eu solto o ar dos pulmões.
Isso vai ser difícil.
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