Melinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também.
Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger.
Ou Sebastian para os íntimos.
Col...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
—Quer dizer que você teve um encontro com ele?—Kristen pergunta durante nossa típica conversa matinal enquanto estamos sentadas na cafeteria dentro do campus.
—Não foi um encontro.—Corrijo.—Só saímos para tomar café.
Explico.
—Para mim está claro que foi um encontro.—Exaspera.—Ele pediu o seu número de telefone?
Mordo a bochecha.
—Não.—Nego pensativa.—Mas me chamou para sair qualquer dia desses.
Acrescento.
—Isso é bom.—Kris afirma.—Caraca. Esse cara não perde tempo mesmo.
Dou uma risada.
—Acho ele tão lindo.—Choramingo mostrando a foto dele mordendo a medalha de ouro que trouxe ao Canadá na olimpíada.—Olha as covinhas.
Kristen pega o celular da minha mão e digita algo, devolvendo para mim depois.
—Lindo é isso aqui.—Aponta.
Wow.
Simplesmente uma foto de Colin com a blusa do uniforme erguida e seus músculos contraídos do abdômen.
—Isso é o paraíso.—Afirmo indignada.—Eu amo atletas.
Nós gargalhamos alto.
A semana vai seguindo lentamente e os professores não dão um segundo para que possamos respirar sem um trabalho ou um teste nos pressionando.
Colin e eu nos cumprimentamos com sorrisos e acenos durante a semana, mas nada muito significativo, já que cada um está ocupado demais para distrações.
—O que houve?—Atendo a ligação de minha mãe na quinta-feira.
—Oi, ursinha.—Cumprimenta pelo me apelido de infância, causando um alívio grande em mim ao saber que ela está bem.—Como estão as coisas?
Suspiro aliviada.
—Tudo certo, mamãe. E vocês? Mad está bem?—Pergunto enquanto caminho até o dormitório com as costas doendo pelas horas que fiquei curvada sobre um trabalho na biblioteca.
—Estamos bem.—Garante.—Liguei para perguntar se precisa de dinheiro,e para avisar que Maddox não vai poder ir esse final de semana.
Franzo a testa.
—O que aconteceu?
—Vamos na casa da vovó passar o dia com ela.—Avisa com o tom humorado que há tempos não ouvia.
Sorrio largo.
—Que bom, mamãe.—Exclamo.—Mande um beijo para a vovó. Eu não preciso de dinheiro por enquanto, mas caso aconteça eu te ligo.
Prefiro não dizer que meu pai mandou dinheiro, para que ela não fiquei mal de repente. Papai é como um gatilho ruim.
—Ok, ursinha.—Se despede.
Dormi como um bebê tranquilo após a ligação que me garantiu o bom humor da mamãe. Me certifico de enviar uma mensagem para Mad com uma foto de todos os filmes que aluguei para assistirmos.
Na sexta-feira, durante a segunda aula da semana com o professor demônio, sinto a presença de um corpo estranho e grande ao meu lado enquanto estou tentando tirar meu sono da beleza.
—Bom dia, gatinha.—A voz grave de Sebastian Colin Balenger me desperta.—Você está babando.
Aponta para minha bolsa molhada com minha saliva. Limpo rapidamente sentindo minhas bochechas queimarem de constrangimento.
—Sebastian.—Murmuro me ajeitando desconcertada, mas o sorriso largo não sai do rosto do brutamontes.
—Desculpe te acordar.—Pede.—Só vim entregar isso.
Entrega dois papéis para mim com uma expressão cheia de expectativas.
—Ingressos?—Franzo o cenho ao ver os papéis.—É da estreia no sábado?
Ele assente ajeitando o boné na cabeça.
—Estou sem tempo para sair e tomar cafés com você, mesmo que eu queira muito.—Explica coçando a nuca.—Vai ter uma festa depois.
Sorrio.
—Vocês confirmam as festas antes mesmo de saberem os resultados dos jogos?—Questiono cruzando meus braços sobre o peito.
Sebastian da de ombros sorrindo.
—Tipo isso.—Fala.—Quero muito te ver lá.
Agora é minha vez de coçar a nuca sem jeito e colocar uma mecha do cabelo atrás da orelha.
—Não entendo nada de hóquei no gelo.—Falo desviando nossos olhares.
—Todas as vezes que o disco preto entrar no Gol-Postes* nas pontas do rinque*, e eu for o responsável por isso... Bom... Saiba que aquele gol é para você.—Fala baixo encarando meu rosto com um sorriso de canto.—Todos eles.
Seguro o ar por alguns segundos nos pulmões, até que eu sinta que posso respirar sem problemas.
—Então faça muitos.—Brinco tentando me livrar da timidez.