Melinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também.
Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger.
Ou Sebastian para os íntimos.
Col...
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—Tem certeza que sua família não vai se incomodar?—Sebastian pergunta pela milésima vez enquanto dirigimos para Brouchville.
Reviro meus olhos.
—Se continuar repetindo essa pergunta, vou jogar você para fora do carro.—Ralho aumentando o volume da música e deixando com que Justin Bieber tome conta do espaço.
Obviamente meu namorado canta comigo na maior animação do mundo, a não ser no momento que paramos a porta da minha casa.
Ele fecha o sorriso, franze a testa e abaixa a música.
—E se ela me odiar?—Pergunta inseguro antes de destravar as portas do SUV.—E se ver que não sou bom...
—Calado.—Seguro seu rosto.—Se disser que gosta de açúcar, amaciantes cheirosos e tortas amanteigadas... Bom... Ela vai te amar.
Ele sorri largo.
—E se eu disser que gosto de você?—Pergunta aproximando nossos rostos e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.—Ou melhor... Que sou completamente apaixonado por você.
Sussurra a última parte em meu ouvido.
Abro um sorriso.
—Isso pode ajudar.—Assinto.
Com um simples roçar de lábios, começamos um beijo calmo e delicado.
—Mel.—Um grito alto e batidas no vidro nos interrompe.—Você chegou...—Maddox sorri para mim, mas para ao ver Sebastian agarrado ao meu rosto com os lábios inchados e a expressão mais linda do mundo (cachorrinho abandonado pela mudança, cara de quem quer carinho, ou como alguns preferem chamar: expressão de homem apaixonado).—E ele também.
Dou uma risadinha com o rancor que ele fala de Sebs.
—O que eu faço para ele gostar de mim?—Pergunta meu namorado.
Dou de ombros.
—Não namore a irmã dele.—Sussurro de volta.
Saímos do carro gargalhando e meu pequeno/grande brutamontes pula em meu colo, quase me derrubando ao chão lotado de neve.
—Ei, campeão.—Falo com certa dificuldade ao acariciar os cachinhos do meu irmão.—Você já não cabe em meu colo mais.
Murmuro tristonha.
Quero ver Maddox crescer e ser um bom homem, mas ao mesmo tempo queria o manter bem debaixo da minha asa, como uma irmã passarinho maluca e protetora, um pouco depenada também.
—Que saudade.—O garoto resmunga ao se soltar.—Achei que vocês chegariam só amanhã.
Reviro meus olhos.
Ensinar noção de espaço e de tempo é uma das coisas que preciso fazer durante o verão com esse mini querido.
—Carinha.—Sebastian toca no ombro do garoto, e vejo um sorriso ladino de relance no rosto jovem e redondo.—E aí?
Eles fazem um toque, ainda se olhando de maneira enigmática, mas eu prefiro deixar que Sebastian o acompanhe até a casa.
Nossa casa não é nada muito grande, mas também não é nada muito pequeno. O terreno era dos meus avós e eles o deram aos meus pais após o casamento.
Temos um lago que, provavelmente, deve estar congelado mais ao fundo, porém lá é a divisa com o vizinho, então precisamos patinar escondidos sempre.
—Melinda!—Uma mulher dos cabelos cacheados e castanhos, de aparência boa e limpa aparece na porta gritando o meu nome.—Meu bebezinho, quanto tempo.
Abro os braços para receber um abraço da pequena mulher. Por mais altos que eu e Maddox sejamos, minha mãe é uma mulher de estatura média, ou seja, oito centímetros menor que eu. Seus cabelos são desgrenhados, volumosos e muito cacheados, a pele é bronzeada, mas não negra como a minha, os olhos castanhos, boca bonita e nariz fino.
Minha mãe é descendente de latino-americanos, e isso é quase palpável em sua aparência.
—Mãe.—Cumprimento dentro do abraço.—Não tem nem três meses desde a última vez.
Ela revira os olhos ao me soltar.
—Você viveu nove meses dentro de mim, preciso de um certo tempo para me acostumar com a distância.—Resmunga acariciando meu cabelo e analisando todo o meu corpo.—Linda.
Sorrio satisfeita.
Esses são os raros momentos que eu a vejo assim, sendo ela mesma. O sorriso largo em formato de coração, os dentes brancos e nem tão alinhados assim, mas perfeitos de sua maneira.
Os olhos estão cintilantes, os pulsos cicatrizados e há uma nova marca na lateral do pescoço, por isso encaro meu irmão caçula em busca de uma resposta, mas o vejo nos ombros de Sebastian gargalhando como nunca vi antes.
—Mãe, esse é o...
—Você deve ser o Balenger.—Ela se aproxima dizendo o nome com um certo divertimento.—Maddox te assiste o tempo inteiro na televisão.
Eu dou um meio sorriso ao ver Mad tapar o rosto envergonhado.
—Muito prazer em conhecê-la, senhora Winfred.—Ele ergue a mão.
Droga!
Meu coração palpita.
Me certifico de segurar o ombro da mulher e posso senti-la derreter sob minha palma.
—Mendes.—Corrige com o tom grave.—Winfred é o...
A interrompo.
—Juliana Mendes.—Falo rapidamente.—E esse é o Sebastian, mãe. Tipo... Ele é Balenger também.
A mulher assente voltando de seus pensamentos.
Meu namorado me encara em total desespero e dúvida.
—É um prazer te conhecer, Sebastian.—Fala educada.—Fiquei muito feliz em saber que este ano, nossa melzinha iria trazer um namorado para casa.
Ele sorri orgulhoso.
—O prazer é todo meu. Obrigado por me convidar para passar a ação de graças com vocês.—Agradece Sebastian.
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