—Nós três viemos do mesmo orfanato.—Sebastian conta.
Estamos sentados na cama de Darius, enquanto suas mãos grandes apertam as minhas e seus olhos castanhos me encaram em desespero.
—Cresceram juntos?—Pergunto receosa com o assunto delicado.
—Sim.—Afirma.—Bonnie foi adotada por uma família legal aos oito anos, enquanto Sierra foi aos dez. As famílias eram legais e as deixavam manter contato com os amigos. Só que... Desde que entramos na adolescência isso mudou. A família de Bonnie é preconceituosa e não aceita o relacionamento dela com a Sierra, e isso tem aumentando as crises de ansiedade de Bonnie. Ontem as duas estavam aqui por perto e resolveram procurar minha ajuda quando a garota começou a passar mal.
Explica acariciando o dorso da minha mão enquanto as nossas estão entrelaçadas.
—Isso é horrível.—Sussurro incrédula.—Que merda! Eu...
—Não fiquei com ninguém.—Nega com a cabeça.—Na verdade estou passando pelo processo de aceitação.
—Aceitação?—Franzo o cenho.
—É.—Assente aproximando nossos rostos.—Aceitando que a mulher que eu estou completamente apaixonado me deu um belo pé na bunda.
Dou uma risada jogando a cabeça para trás e empurrando de leve seu ombro.
—Isso é a coisa mais brega que já ouvi.—Resmungo.
—Pare de me chamar de brega, se claramente fica toda feliz quando falo essas coisas.—Ele passa seus braços fortes ao meu redor e me puxa para seu colo.—Agora eu quero que me explique o motivo de estar aqui, e por favor... Não pise nos cacos do meu coração.
Seus olhos perfuram os meus, e mesmo que eu queira dizer que isso foi brega, a sinceridade está reluzindo ali.
Os ombros caídos, o cabelo mais desgrenhado que o comum e uma barba de alguns dias no rosto jovem ressaltam a ideia de um coração quebrado.
Puxo o ar e a coragem para dentro de mim e então me encaixo em seu corpo, colocando uma perna de cada lado e passando minhas mãos por seus ombros até a nuca.
—Eu namorei uma vez.—Começo.—Com um idiota. Ele me traiu com a minha colega de quarto e... Bom... Eu fiquei... Mal. Nunca tive um namorado além dele, pois sempre acreditei que a casualidade era a melhor maneira de manter meu coração inteiro e não em vários cacos. Mas Dalton foi um caso a parte. Ele parecia interessado no que eu tinha a dizer, e eu acabei me apaixonando.
Sebastian limpa uma lágrima solitária que escorre pela minha bochecha.
—Sinto muito.—Sussurra contra minha boca e deixa um leve beijo ali.
—Meus pais também...—Paro para respirar.—O que eu quero dizer, é que não tenho bons exemplos e nem boas experiências se tratando de relacionamentos, mas...—Fecho os olhos com força.—Estou apaixonada por você, Sebastian. Você ocupa meus pensamentos o dia inteiro, me faz sorrir como uma boba a cada palavra brega que diz, me faz assistir jogos de hóquei, me fez voltar a usar meus óculos apenas para poder enxergar os pontos que faz nos seus jogos, e... Me apresentou ao melhor café calórico que já tomei na vida.
Abro meus olhos para dar de cara com íris castanhas reluzindo.
—Está apaixonada por mim?—Pergunta com um meio sorriso.
Eu assinto.
—Completamente.—Assumo.—Peço desculpas por magoar seus sentimentos, ou quebrar o seu coração...
Sebs nega roçando nossos narizes.
—Meu coração é seu, linda.—Sussurra.—Faça dele o que quiser.
Nossos lábios se unem em um beijo carregado de emoção.
—Quero ser sua namorada.—Falo entre os beijos.—Me peça em namoro, Sebs.
O jogador abre um sorriso na minha boca e então se afasta alguns centímetros para em encarar e colocar meu cabelo atrás da orelha.
—O que quer que eu diga?
Reviro meus olhos.
—Quer namorar comigo?—Falo óbvia.
—Sim.—O idiota diz.
Isso me faz dar um tapa em seu peitoral e então percebo que ele ainda está sem blusa.
Meus olhos caem sobre os hematomas e então os toco com a ponta do dedo.
—O que aconteceu? Não me diga que Darius fez tudo isso com você.
—Hematomas de treino.—Fala segurando minha mão delicadamente e afastando do lugar.—Lukov não teria toda essa coragem.
Dou uma risadinha com isso.
—Deita.—Peço.—Vou beijar cada uma para sarar mais rápido.
Sebastian gargalha.
—Isso foi bem mais brega que tudo que eu já disse a você, gatinha.—Acusa, mas me obedece.
Me aproximo devagar do machucado em sua sobrancelha e deixo um beijinho delicado ali, descendo um para o nariz e a boca.
Então me abaixo mais um pouco, esfregando minha intimidade em seu pau que já está mostrando sinal de vida sob as calças. Beijo o hematoma em seu peito, um nas costelas e o outro perto de sua entrada para o paraíso.
—Linda.—Me chama rouco.—O que tá fazendo?
Sorrio de canto.
—Shhh.—Sopro.
Esses aí vivem no cio né kkkkkk nem em um momento carinhoso kkkkkkkkk
Espero que gostem!
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Querido Sebastian
RomanceMelinda Winfred é uma boa garota. Ama sua família mais que tudo e ama cafés amargos também. Em seu último ano na Universidade de Montreal, no Canadá, Melinda conhece o astro de hóquei universitário Colin Balenger. Ou Sebastian para os íntimos. Col...