49

1.6K 101 12
                                    

Abro meus olhos com dificuldade, sentindo como se martelos batessem em meu crânio sem parar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abro meus olhos com dificuldade, sentindo como se martelos batessem em meu crânio sem parar.

Minhas costas também doem, e eu percebo que estou deitado no pequeno sofá da sala do quarto de hotel.

Quarto no qual eu não sei se é o meu.

—Porra.—Resmungo tentando me levantar sem vomitar todas as minhas tripas para fora.

Minhas roupas estão no chão e estão aparentemente úmidas e eu me recuso a querer saber como isso aconteceu.

Minha mente está em branco, como se eu não tivesse vivido o dia de ontem.

—Eu atendo.—Ouço uma voz feminina do topo das escadas e então uma mulher loira me encara com uma expressão de nojo, até ir na porta onde agora percebo estar sendo esmurrada.—Odeio bêbados.

Murmura.

Passo a mão no cabelo e me esforço para levantar do sofá e caminhar até a cozinha, porém uma visão de relance me faz parar no lugar.

A porta está aberta, e Melinda Winfred está parada com os cabelos presos em um rabo de cabelo, os óculos de armações dourados cobrindo seus olhos castanhos que me encaram de cima á baixo, virando-se para a mulher quase nua que fora abrir a porta.

Mel...—Minha voz não sai.

—Acho que é pra você, gostosão.—A mulher dá as costas para Melinda e bate em meu ombro antes de voltar a subir as escadas.

Meu peito está acelerado, e eu sinto que todo o álcool está evaporando do meu corpo em uma velocidade absurda, já que o meu próprio cheiro está começando a me irritar.

Ela está parada, imóvel, me encarando com uma expressão impassível, e assim que eu me aproximo dela, vejo suas pernas falharem e ela segurar no batente da porta.

—Desculpa... Não devia ter vindo.—Sussurra me dando as costas e começando a andar pelo corredor.

—Merda.—Xingo e vou atrás dela.—Melinda. Você entendeu errado, espera.

Seguro seu pulso e a paro no lugar.

—É, acho que eu entendi errado mesmo.—Fala puxando a mão de volta.—Você me liga de madrugada chorando, se delacara bêbado e eu venho, como uma completa idiota, atrás de você, deixando toda a bagunça da minha vida para trás, só porque eu sou apaixonada por um idiota sem coração.

Ela grita batendo os pés no chão, enquanto chora.

Eu, definitivamente, nunca a vi tão sensível.

Seus olhos parecem inchados, como se tivesse passado longos dias chorando sem parar.

Isso me quebra. Saber que eu não estive com ela para limpar suas lágrimas e abraçar seu corpo pequeno.

Querido SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora