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Seis anos depois

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Seis anos depois...

Montreal - Canadá 📍

Me sento na cadeira estofada encarando a quantidade absurda de gente dentro do estádio, enquanto uma música antiga toca nas caixas de som espalhadas.

São tantas pessoas, que me sinto até afobada.

—Terminou, amor?—Pergunto para Claire, que me encara com seus olhos castanhos brilhantes enquanto devora o último pedaço de uma tortinha que Kris fez a ela.

O rostinho redondo está sujo de farelos, então pego uma fraldinha na bolsa e limpo.

Foram nove meses na minha barriga, mas Claire decidiu que viria uma cópia do pai em todos os quesitos. Talvez não os olhos, mas a personalidade calma e o jeito demorado e tranquilo no qual faz todas as coisas, me lembra Sebastian.

—Mãe.—Maddox me chama se sentando meu lado com Thomas, seu namorado.—O Sebs pode dar um autógrafo para o Thommy depois?

Eu suspiro e assinto pela milésima vez.

Todos obcecados por hóquei, e mesmo que Sebs me acompanhe no ioga e no bingo algumas vezes, posso ver seus bocejos longos e intermináveis, e ainda ouço as piadas que ele e Mad ficam jogando um para o outro.

"Ela é tão velha. Quem joga bingo tendo vinte e seis anos?"

"O ioga consegue ser pior."

—Já disse que ele fará isso, Mad.—Respondo.—Viu a tia Kris e o tio Darius?

Ele aponta para o casal chegando com o bebezinho no colo e a linda Melissa dando seus passinhos desengonçados com a mão grudada na do pai.

Darius foi draftado no ano posterior ao Sebastian, mas não foram para o mesmo time, e o seu time infelizmente foi eliminado no mata-mata e eles não conseguiram chegar até a final Stanley.

—Oi, amiga.—Kris se senta ao meu lado esquerdo e beija minha bochecha.—Sua cara tá com gosto de torta.

Eu sorrio suspirando.

—Essa meliantezinha passou a mão no meu rosto todo.—Aponto para Claire, que sorri com seus pequenos quatros dentinhos da parte de cima.—E como vai o principezinho da dindinha?

Sussurro para Jonh encolhido no colo da mãe, com um sorrisinho banguelo e preguiçoso.

—Resolvi trazê-lo, depois que a febre melhorou.—Kris diz.—Mel. Vem falar com a tia Melinda.

A garotinha vem até mim e sorri me dando um beijo e acariciando o rosto da Claire.

Quem nos vê assim nem imagina todas as loucuras que fizemos juntas em um semestre de faculdade. As vezes me lembro das noites em que bebíamos vodka como loucas e dançávamos em cima de mesas nas fraternidades.

Querido SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora