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Tá

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Tá.

Assumo que a companhia de Sebastian é incrível. Assumo que passo mais tempo rindo com ele, do que vendo Brooklyn 99 (eu dou risada em todos os episódios, dane-se quem não gosta!! Fokiu, fokiu).

Ele sorri das minhas brincadeiras idiotas, me chama por todos os apelidos bregas que viu no Google, e isso inclui docinho, linda, gatinha, amor, baby, babe.

Ele me faz provar todos os pratos mais absurdamente calóricos desses cardápios e ainda sorri ao me ver comer feito um animal (retirando os gatos dessa comparação, pois são seres capazes de alimentar com mais decência que eu).

Eu gosto quando seus ombros se alargam em uma respiração pesada após uma gargalhada forte, e gosto do relógio de pulseira preta que fica em seu pulso. Gosto das veias saltadas em suas mãos grandes e braços fortes, e adoro ver o sorriso torto que ele me lança a cada segundo.

Sei do meu mantra que recito todos os dias de manhã sobre relacionamentos serem ciladas para mulheres inocentes se fuderem com traumas psicológicos eternos, mas acabo por me esquecer quando Sebastian Colin Balenger canta Dimonds da Rihanna comigo.

E agora, após o jantar mais divertido que já tive na vida, ele está dirigindo com as mangas do moletom branco arregaçadas, deixando a mostra seu braço cheio de veias e a merda do relógio.

Suspiro mordendo meu lábio.

—Quer uma foto, gatinha?—Sua voz rouca me assusta por cima da música do Justin que toca pelo carro.—Devo me preocupar com esse olhar maluco?

Sorrio.

—Ah, sim! Estou pensando na melhor maneira de te sequestrar e obrigá-lo a comer de maneira saudável por um mês inteiro.—Ameaço.

Sebs faz uma careta.

—Você vai estar comigo durante os trinta dias?—Questiona.—Se sim, posso aguentar comer alguns legumes.

Gargalho.

Vou te dar outra coisa para comer, jogador. Sou uma bela batata saudável, sabia disso?

Preciso gargalhar com meu pensamento, e isso assusta o cara ao meu lado.

—Ah, meu Deus.—Tento controlar a risada.—Pensei algo hilário.

Sebs dá uma risada confusa.

Alguns minutos se passam enquanto eu canto SZA na maior altura.

—Estamos chegando?—Pergunto abaixando o volume do som e olhando ao redor.—Onde estamos?

—Já vai ver.—Fala concentrado nas ruas cheias de neve.

—Olha, se for me matar, já fale de uma vez.—Fou um beliscão em sua coxa.—Sou ansiosa e ainda tomei quatro taças de vinho.

Levanto os dedos da mão para sinalizar a quantidade.

Será por isso os pensamentos reflexivos sobre eu e ele? Será por isso que me imaginei uma batata grande deitada em uma forma gigante esperando pela beringela de Sebastian Balenger?

Tá, eu sempre quis ser a Katy Perry no clipe Bon Appetit, o vinho só me abriu portas para pensar de uma maneira diferente.

—Matar você? Ah, não! Só depois de quatro encontros.—Brinca me lançando uma piscadela.

—Obrigado por avisar. Não teremos uma próxima vez.—Balanço a mão no ar e nego com a cabeça.

Sebs ri.

—Chegamos.—Avisa e eu olho pelo vidro sem enxergar nada.—É ali.

Onde estão meus óculos?

Olho ao redor, mas não acho a droga do objeto.

—Onde estão meus óculos?—Pergunto para mim mesma em voz alta.

—Aqui.—Me viro para Sebs.

Ele segura o objeto em mãos e o coloca no meu rosto delicadamente, como se estivesse com medo de me machucar.

Mesmo que antes eu o estivesse vendo, agora sinto... Sinto que seus olhos estão brilhando mais.

Ele está mais bonito? Por que seu rosto está tão milimetricamente perfeito?

Esse óculos já estão com defeito?

O garoto sorri para mim, enchendo meu peito de algum sentimento diferente. Meu pulso está acelerado e minha boca salivando por algo.

Algo que ele precisa me dar.

Por isso subo minhas mãos até seu pescoço e o aproximo um pouco mais do meu rosto.

Nossos olhares afundados um no outro, vendo cada detalhe e sentimento refletido ali.

É como se estivéssemos em uma conversa silenciosa, em que nossos corpos dizem como estão atraídos um pelo outro, até finalmente os lábios macios e doces de Sebastian pousarem sobre os meus.

As mãos enormes acariciam minha nuca, enquanto uma delas desce para minha costela, pouco abaixo do meu seio.

Nossas línguas quentes se entrosando lentamente, como se estivessem em uma dança de salão profissional.

O beijo é perfeitamente lento e cativante, puxando cada sensação e sentimento de mim para ele.

Agora posso, finalmente, enfiar meus dedos entre os fios castanhos e acaricia-los como pensei a noite toda em fazer.

Sebastian solta um barulho do fundo da garganta, como um gemido ao sentir meus lábios sugando os seus.

—Sebastian.—Chamo quando nos separamos sem ar. Meu peito sobe e desce, tentando se recuperar do êxtase.

—Melinda.—Sussurra ofegante.

—Sussurra ofegante

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Querido SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora