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Estonteante

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Estonteante.

Acho que essa deve ser a palavra que define a beleza de Melinda Victoria Winfred.

Eu sempre soube que ela era linda. Sempre a vi pelo campus caminhando com seus passos decididos, com seu rosto erguido ao alto e o nariz arrebitado. Sempre a via sorrir de alguma piada que alguém lhe contava e achava fofo a maneira como seu corpo se inclinava para frente e a mão batia na coxa fina, quando a piada era boa.

Eu observava Melinda como um sltaker observa sua vítima.

Essa comparação foi meio perturbadora.

Eu a observava com uma pessoa normal observa a quem tem interesse.

Meio doentio? Talvez.

Mas viciante.

Ao seu redor, notei que a maioria das pessoas eram totalmente diferentes de mim. Os caras por quem ela demonstrava interesse possuíam tudo que eu nunca tive na vida: dinheiro.

Não sei se ela notava esse padrão, mas talvez seja algo de seu ser. Talvez ela só mereça tudo aquilo e tenha noção disso.

Por isso, no momento que o líquido alcoólico caiu em sua blusa visivelmente cara, minha alma saiu do corpo por alguns instantes.

Óbvio que o tecido fino ter grudado em seus seios pequenos e descobertos por qualquer outra peça de roupa também tenha ajudado.

Porém, ao vê-la com minha blusa e um sorriso no rosto, senti que algo era certo ali.

Me viciei em querer ver aquele sorriso.

Agora, encarando a mulher mais linda desse país, parada a minha frente enquanto sorri tímida arrumando a própria roupa, todos os meus poros se dilatam e imploram por Melinda.

O óculos de armação dourada a deixa com uma aparência mais culta. Mais uma vez jogando na minha cara o quanto está em um nível que jamais poderia chegar para alcançá-la.

Seu jeito decidido de se mover e falar, demonstra em doses fortes a maneira como eu nunca serei bom o suficiente para tê-la, mas...

A esperança ainda brilha dentro de mim.

—Tudo certo.—Fala suspirando.—Podemos entrar.

Eu assinto tentando esconder meu sorriso ao saber que fui útil para algo. Ela só queria que eu a tapasse para que arrumasse seus seios na roupa.

Olhar rapidamente foi uma covardia, e fez com que meu pau latejasse nos jeans.

—Gostei dos óculos.—Comento enquanto andamos lado a lado até a entrada da fraternidade. Nossos braços rocam delicadamente, causando um bolo na minha garganta.

—Gostou?—Pergunta com a voz estridente.—Ah... Eu quase nunca uso, acho que fico estranha.

Nego pelo absurdo que falara.

—Isso é impossível de acontecer.

Os olhos castanhos se viram para mim e um sorriso ladino cresce nos lábios cobertos por um batom chamativo.

Meu cérebro tem a audácia de pensar que talvez, só talvez, ela tenha pensado em me agradar.

Mas isso seria presunção demais da minha parte.

Ao entrar na festa, os olhares e sorrisos na minha direção são aos montes. Muitas pessoas me cumprimentaram, pessoas as quais nem sei os nomes. Alguns me dão parabéns e até agradecem pelo jogo bem-sucedido de hoje.

Preciso aceitar tudo com cortesia, pois entendo a gratidão de cada um. Antes de ser um jogador, sou um torcedor fanático também.

Mas todo esse tratamento caloroso me afasta de Melinda, então decido acabar com tudo e empurrar algumas pessoas para que eu possa grudar na alçinha da calça preta justa que ela está vestindo.

—Estou com sede, Sebastian.—Fala por cima da música.

Isso soa como um comando para mim, pois trato de guiá-la entre as pessoas, evitando que alguém esbarre em seu corpo pequeno e delicado.

A coloco sentada em uma das poltronas na área da piscina e me viro para pegar uma bebida dentro do cooler dos jogadores.

—O que quer beber?—Pergunto.

—Tem vodca?—Ergue as sobrancelhas.

Faço uma careta feia.

—Precisa mudar, urgentemente, seus hábitos com todas as bebidas.—Falo e isso a faz sorrir.

—Cerveja, então?

Seguro a risada, mas aceito a sugestão, sacando uma garrafinha de cerveja e a despejando na minha caneca.

Entrego para a garota, que me olha de um ângulo péssimo para o meu tesão fodidamente grande. Os olhos por cima da borda copo, muito próximos do meu pau...

—Ei, capitão.—Sou impedido de pensar muita merda por Darius.—Trazendo uma garota para festa? Isso é novidade.

Reviro os olhos para o meu parceiro no rinque e melhor amigo na vida.

—Vai foder com alguém e me deixa em paz.—O homem enorme espalma a mão no peitoral largo.

—Só faço isso com você, meu bem.—Provoca com aquela voz fina que faz na maior parte do tempo. Mas eu não posso dar um murro na boca de Darius, pois essa brincadeira me permite ouvir o som mais fofo do mundo. A gargalhada estrondosa de Melinda. Agora quero beijar a boca do meu amigo, ou socá-lo por tirar dela o que eu deveria estar tirando.—Quem é a azarada?

Melinda se levanta com a grande caneca com meu nome escrito e ergue a outra mão para Darius.

—Sou Melinda Winfred.—Se apresenta naquele tom decidido, que, particularmente, eu acho muito sexy.—Sou a gatinha do Balenger.

Engasgo com minha própria saliva.

Engasgo com minha própria saliva

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Querido SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora