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Sebastian e eu estamos andando por meio das árvores quase afundadas pela neve até o lago congelado

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Sebastian e eu estamos andando por meio das árvores quase afundadas pela neve até o lago congelado.

Maddox está mais a frente correndo com seus patins novos (presente de Sebastian) na maior felicidade do mundo, enquanto cantarola alguma música do Eminem que o meu namorado ensinou.

—Pare de tirar o meu irmão do bom caminho que eu o guiei.—Choramingo puxando seu braço.—Sabe o quanto foi difícil ensinar "Dimonds" para uma criança de dois anos e meio?

Sebs gargalha ao meu lado.

—Não se preocupa, gatinha.—Beija minha têmpora.—Vamos cantar "Obsessed" hoje.

Reviro meus olhos dando uma risada.

—Isso deve ser uma afronta à todos os fãs do Eminem e até mesmo da Mariah.—Refuto ajeitando a touca na minha cabeça.

—Ah...—Ele me segura pela cintura nos impedindo de continuar andando.—Posso fazer algumas perguntas?

Franze o cenho.

Droga.

Já sei exatamente o que vai perguntar.

—Vá em frente.—Assinto.

—Naquela hora... Quando eu disse: "Winfred".—Começa coçando a nuca.—Por que sua mãe ficou tão abalada? Tipo... Sei que divórcios são difíceis, mas eu... Ela ficou...

Ele não conclui, apenas me olha esperando a resposta.

—Ela é depressiva.—Explico.—Desde o divórcio as crises aumentaram.—Desvio nossos olhares.—Não podemos citar o nome... Do meu pai. Isso a faz relembrar do passado nem tão distante, e as crises podem... Acontecer.

Sebs me encara atentamente, como se pudesse captar mais informações dessa maneira.

—Eu sinto muito, fui um imbecil.—Resmunga.—Não pensei na direito, fiquei nervoso, e... Eu nem me lembrei de perguntar o nome dela.

Rosna.

Tá, um pequeno nome quase fodeu nosso feriado? Sim! Mas os olhinhos castanhos culpados e as bochechas vermelhas de frio me convencem que tudo está bem demais para ser verdade.

—Tá tudo bem.—Sorrio o abraçando.—Ela está tomando a medicação e parece animada com sua presença.

Isso o faz sorrir de canto.

Ele passa as mãos cobertas pela luva escura no meu rosto e beija meus lábios rapidamente.

—Ainda não usei todas as minhas armas.—Brinca.—Falta falar sobre amaciantes e assar uma deliciosa torta.

Tapo a boca para gargalhar.

Esse cara ainda me mata.

—Ei, pombinhos.—Um serzinho nos grita já no meio do lago.—Andem logo.

Querido SebastianOnde histórias criam vida. Descubra agora