Três dias haviam se passado desde a noite da estreia, e uma distância silenciosa havia se instalado entre Brady Noon e Mary Garden. O ritmo acelerado da vida e os compromissos profissionais haviam mantido os dois ocupados, mas a ausência de comunicação começava a se tornar mais perceptível.
Enquanto Brady estava envolvido em entrevistas e eventos promocionais, Mary sentia-se à margem, desejando um gesto ou uma palavra que dissipasse a desconexão. No entanto, Brady, imerso em sua agenda movimentada, parecia não notar o vazio que se instalara.
Um dia, Brady e Lizza Becker foram convidados para uma entrevista. Sentados lado a lado, os dois atores aguardavam as perguntas do entrevistador.
— Vocês formam um par incrível na tela, e muitos fãs estão torcendo para que a química entre vocês vá além do filme. O que vocês acham dessa ideia? — perguntou o entrevistador, com um sorriso sugestivo.
— Olha, a nossa química é surreal mesmo — Lizza diz.
— Brady, a química entre você e Lizza é inegável. Vocês não acham que deveriam explorar isso fora das câmeras também? Seria como um conto de fadas da vida real!
Brady sorriu, mas seus olhos expressavam desconforto.
— Bem, nós somos atores, e acho que a química que vocês veem é resultado do nosso trabalho conjunto para criar personagens convincentes.
A entrevista continuou, mas Mary, por acaso, estava assistindo à transmissão. Uma mistura de emoções invadiu seu coração ao perceber que, mesmo com a distância entre eles, Brady não havia notado a ausência de comunicação nos últimos dias.
Após a entrevista, Mary sentiu-se inundada por uma mistura de emoções. A falta de comunicação com Brady e a entrevista sugestiva deixaram um amargo gosto de desilusão. Seu coração pesado buscava conforto, e foi então que ela decidiu ligar para Emma Myers, sua amiga de longa data.
Com a voz embargada pelas lágrimas, Mary discou o número de Emma, esperando que a amiga pudesse oferecer algum consolo.
— Alô?
A voz gentil de Emma soou do outro lado da linha.
— Emma... sou eu, Mary.
Mary lutou para manter a compostura, mas as lágrimas escorriam livremente.
Preocupada, Emma respondeu prontamente.
— Mary, o que aconteceu? Você está bem?
— Não, Emma, eu não estou bem. A entrevista do Brady e Lizza, e todo esse silêncio entre nós... eu não sei o que fazer.
Mary desabafou, deixando escapar o peso emocional que carregava.
Emma ouviu atentamente, oferecendo um ombro virtual para Mary.
— Querida, fale para mim. O que aconteceu na entrevista? E por que você e Brady não estão se falando?
Mary contou sobre a entrevista, os comentários insinuativos do entrevistador e a sensação de ser deixada de lado. Emma ouviu em silêncio, absorvendo cada palavra.
— E quanto a Brady? Por que vocês não estão se falando?
Emma perguntou com delicadeza.
— Eu não sei, Emma. Parece que estamos em mundos diferentes. Sinto como se ele nem tivesse notado que estamos distantes. E essa entrevista só piorou tudo.
Mary soluçava.
Emma ofereceu palavras reconfortantes.
— Mary, talvez seja hora de ter uma conversa honesta com Brady. Às vezes, as pessoas não percebem o impacto de suas ações até que alguém as coloque em perspectiva.
Inspirada pela amiga, Mary secou as lágrimas e respirou fundo.
— Você está certa, Emma. Preciso conversar com ele e expressar o que estou sentindo. Obrigada por estar aqui para mim.
As duas amigas continuaram a conversar, compartilhando histórias e conselhos. Mesmo à distância, o apoio de Emma tornou-se um farol de luz na escuridão emocional de Mary, guiando-a em direção à resolução e entendimento.
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𝖧𝖾𝖺𝗋𝗍𝖻𝗎𝗋𝗇 || 𝖡𝗋𝖺𝖽𝗒 𝖭𝗈𝗈𝗇
FanficE me diga, por que meu coração queima quando eu vejo seu rosto?