Eles atravessam a W Huckabee St sob o sol escaldante, contrastando com as casas simples e bem cuidadas que exibem jardins coloridos. Uma ilha de paz em meio ao caos que se alastra pela cidade, onde alguns corpos jazem inertes no asfalto.
As calçadas e as ruas fervilham de movimento. Pessoas correm e gritam em pânico. Carros buzinam freneticamente, outros aceleram furiosamente, ignorando os sinais vermelhos e causando mais acidentes. Outros ficam presos nos engarrafamentos, impotentes e nervosos.
Um corpo ensanguentado repousa na calçada, cercado por fitas de isolamento e policiais e médicos com roupas de proteção que mais parecem astronautas. A ambulância e as viaturas de polícia cercam o local com as sirenes estridentes e as luzes piscantes. Alguns civis se aglomeram em volta, revoltados e indignados, atirando objetos e xingamentos contra as autoridades.
— VOCÊS ATIRARAM NELE! — alguns berram em uníssono, com as vozes roucas e trêmulas.
— ASSASSINOS! COVARDES! — outros vociferam, misturando palavras e sentimentos.
Os policiais, vestidos com equipamentos de tropa de choque e escudos, se defendem como podem. Alguns avançam para cima dos civis com cacetes, outros ameaçam apontando os fuzis.
— PARA TRÁS! — um deles ordena com a voz firme e autoritária.
— VAI ATIRAR EM NÓS TAMBÉM? — a multidão se rebela, desafiando o poder.
Liderando o grupo, Dennis, passa pelo outro lado da rua, evitando o confronto. Eles viram a avenida e caminham pelo gramado de uma casa branca de dois andares, com uma varanda e uma bandeira dos EUA na frente. Dennis caminha até a porta e enfia a chave, destrancando-a com um som metálico. Ele para em frente a porta aberta, olhando para o interior da casa mergulhada na escuridão e grita:
— Tess? Tennesse? — ninguém responde, apenas o eco da sua voz.
Ele adentra na casa, chamando repetidamente pelos nomes, enquanto vasculha pela sala e cozinha no primeiro andar. Ele sobe as escadas e vasculha os dois quartos e nada. Totalmente vazio. Ele se senta na cama de casal, sentindo um frio na espinha e uma angústia no peito.
Christian, encara Dennis com os olhos vermelhos e marejados, Enquanto se recosta no armário de madeira do quarto que fica em frente a cama.
— Você prometeu que nós íamos procurar nossos pais! — ele exclama com a voz embargada.
— Sim! — Tommy concorda ao seu lado, balançando a cabeça.
Mia, os braços e franze o cenho pergutando ao se juntar com os garotos.
— Nós vamos ou não?
Maddy se coloca entre eles e encara com uma expressão de cansaço e compaixão para as crianças.
— Calma, crianças! — ela diz com suavidade, olhando para cada uma delas. — Vamos descer e conversar, tá bom?
— NÃO! — Christian se rebela, batendo o pé.
Steph, que está encostada na porta do quarto, sorri sarcasticamente.
— Você ouviu o garoto! — ela provoca, apoiando a causa dele.
Maddy lança um olhar de repulsa sobre o ombro em direção a Steph, que retribui com uma piscadela. Então, Dennis finalmente se pronuncia:
— Não tem como eu sair por aí procurando os pais de cada um de vocês! — ele esbraveja, irritado. — Eu nem sei onde eles moram e nem se estão vivos!
As expressões das crianças mudam instantaneamente, como se ele tivesse jogado um balde de água fria nelas. Os olhos se enchem de lágrimas e os lábios começam a tremer, prestes a chorar. Exceto Johnny, que cerra os punhos com força, querendo socar algo ou alguém.
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The Dead Come Back To Life: O Caminho Para Crossville
Teen FictionEm um apocalipse devastador que transformou o estados unidos em um pesadelo desolado, Christian, um jovem resiliente que luta pela sobrevivência junto a um bando de jovens, atravessa este novo mundo infernal com um propósito inabalável: reencontrar...