𝟎𝟎𝟕 | Você Morre, Você Se Transforma

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O grupo se encontra em um momento de pausa, o ar rarefeito agravado pelo suor que escorre entre os fios de cabelo, enquanto os corações de cada um batem em uníssono. Gavin quebra o silêncio tenso com sua voz rouca, indagando se todos estão bem. Os olhares se encontram em um gesto de confirmação mútua, mas Christian, com suas mãos apoiadas nos joelhos para sustentar o corpo cansado, interrompe o breve alívio.

— Onde está Jack? — sua voz corta o ar, pesada de preocupação, enquanto ele observa atentamente o ambiente à sua volta em busca de uma resposta.

Um olhar trocado entre Gavin e Christian é suficiente para transmitir a mensagem não verbal, e Christian compreende instantaneamente a gravidade da situação. Um suspiro profundo escapa de seus lábios, ecoando pelo confinamento do elevador, quando repentinamente, o metal range com uma sinfonia sinistra, as luzes piscam em desespero e o elevador estremece, lançando todos para frente, como peças em um tabuleiro desorganizado, cada um lutando para encontrar apoio contra o impacto iminente das paredes. Christian tenta agarrar a barra de apoio, mas é jogado contra a parede.

O elevador se estabiliza.

— Está tudo bem? — Maddy pergunta, seu tom carregado de preocupação enquanto ela se agarra ao braço de Christian, observando-o recuperar o fôlego após o impacto.

Christian assente, ainda tateando para se reorientar no espaço confinado e caótico do elevador.

— Estou... — sua voz vacila por um momento, os olhos varrendo o cenário de desordem ao seu redor: Gavin, com a mão pressionada contra a testa onde a cabeça colidiu com a parede; Lara, gentilmente ajudando Raquel a se levantar, devolvendo-lhe a bengala que havia caído ao chão. — O que aconteceu? — ele questiona, buscando respostas em meio ao caos.

— Parece que o elevador parou! — Maddy responde, sua voz misturada com um leve tremor de incerteza.

— Definitivamente parou! — confirma Lara, sua expressão séria, mas determinada.

— E agora? — a pergunta de Christian ecoa no espaço confinado, carregada de incerteza.

Gavin, ainda tonto pelo impacto, lança um olhar ao redor, sua mente buscando soluções em meio à escuridão que se instalou no interior do elevador.

— Acho que podemos aproveitar isso — ele aponta para um quadrado faltando no teto do elevador, uma oportunidade surgindo em meio ao caos.

Do lado de fora, no poço do elevador que se estende como uma garganta profunda, Christian sente um tremor ainda mais intenso ao olhar para cima. A vastidão escura engole a luz e a esperança, enquanto o elevador treme sob ele, carregando o peso do grupo. O eco dos rangidos ocasionais ressoa como suspiros soturnos, ampliando seu medo que ele luta para controlar. A simples ação de alguém apertar o botão de chamar o elevador para cima não parece que daria uma cena boa para o grupo em cima do elevador, mas ele luta para afastar esse pensamento da mente.

— Será que conseguiremos chegar até lá? — Lara aponta para a porta do primeiro andar do elevador, que estranhamente está aberta, seja por falha mecânica ou não.

Gavin pondera, observando as paredes revestidas de aço frio, como se fossem as entranhas do próprio edifício.

— Sim! Podemos usar isso — ele indica os cabos de aço que se estendem como veias pulsantes, sustentando o elevador que flui para cima e para baixo.

Guardando suas armas e prendendo e Raquel com sua bengala no cinto, o grupo escala os cabos de aço em direção à porta do primeiro andar, a cerca de 10 metros de distância. Suas mãos começam a doer com a força que aplicam para segurar o cabo, enquanto usam suas pernas em conjunto, impulsionando-se conforme as instruções de Gavin.

The Dead Come Back To Life: O Caminho Para CrossvilleOnde histórias criam vida. Descubra agora