Sob a luz suave das tochas dispostas ao longo da estrada de terra que serpenteia dentro do castelo, Lesley para e se vira para o grupo. O céu, agora vestido em um manto negro salpicado de estrelas cintilantes e uma lua cheia reluzente, confere um ar de mistério à noite. As sombras dançam nas paredes de casas enquanto as chamas tremulam, projetando um jogo de luz e escuridão que parece refletir a tensão nos rostos dos presentes. O ar está saturado com o som monótono dos grilos, quebrado apenas pelas vozes do grupo, que discutem em murmúrios tensos. A maioria já se retirou para o descanso, deixando o castelo em um silêncio profundo, onde cada palavra reverbera no vazio.
— Ele disse que vai enviar alguns soldados com vocês — avisa Lesley, a voz baixa, mas firme, cortando o silêncio.
Sam está de pé, de braços cruzados, o rosto iluminado por uma expressão que mistura preocupação e determinação. Ele olha para além de Lesley, como se tentasse enxergar algo que está além do horizonte, algo que apenas ele pudesse perceber. O peso da responsabilidade sobre seus ombros é evidente, e suas sobrancelhas franzidas são como duas linhas de tensão gravadas em seu rosto.
— Diga a ele que aprecio o que está fazendo — responde Sam, com um tom que carrega a gratidão relutante de um homem que sabe que a ajuda tem um preço.
Lesley hesita por um momento, as palavras pesando em sua língua antes de serem pronunciadas.
— Mas ele disse que vocês precisarão esperar os soldados voltarem da missão.
O semblante de Sam endurece, e seus olhos, antes distantes, fixam-se em Lesley com a intensidade de um falcão que avista sua presa.
— Esperar quantas horas? — pergunta, a voz carregando um fio de impaciência, como o som de uma corda prestes a arrebentar.
— Dois ou três dias — responde Lesley, com um olhar que percorre cada rosto do grupo, capturando suas reações à luz trêmula das tochas.
Henry, que até então se mantivera em silêncio, dá um passo à frente, a descrença e a frustração em sua expressão são tão nítidas quanto o brilho da lua.
— Não podemos esperar tanto tempo assim — intervém Henry, quase como se as palavras tivessem saído de sua boca antes que ele pudesse contê-las.
Lesley encolhe os ombros em um gesto quase apologético, seus olhos refletindo a gravidade da situação.
— Sinto muito, mas é o que Willard tem a oferecer.
O silêncio recai sobre o grupo como um manto pesado, e por um momento, só os grilos se fazem ouvir. Sam desvia o olhar para Louis e Christian, que permanecem em silêncio, mas com a tensão visível em seus rostos.
— De quantos soldados estamos falando? — questiona Sam, sua voz agora mais controlada, como se estivesse tentando pesar as opções em sua mente.
— Dezesseis — explica Lesley, com um suspiro quase imperceptível. — São os melhores. Os que estão aqui vão proteger a fortaleza.
Sam permanece imóvel, seus olhos se estreitando enquanto pondera a informação. Ele deixa que o silêncio se prolongue, permitindo que o som dos grilos se infiltre no espaço entre eles. Depois de alguns instantes, ele solta um suspiro pesado, como se estivesse exalando a tensão que se acumulou em seu peito.
— Vamos esperar — decide, com uma firmeza que não deixa espaço para debate. Ele se vira, caminhando em direção ao seu quarto temporário, o peso de sua decisão evidente em cada passo.
Henry, no entanto, não se contém. Seus olhos ardem com a urgência da situação, e ele dá um passo à frente, a voz carregada de frustração.
— Nós não temos tempo — insiste Henry, os punhos cerrados ao lado do corpo. — Não sabemos quando os Cicatrizes vão enviar a horda.
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The Dead Come Back To Life: O Caminho Para Crossville
Novela JuvenilEm um apocalipse devastador que transformou o estados unidos em um pesadelo desolado, Christian, um jovem resiliente que luta pela sobrevivência junto a um bando de jovens, atravessa este novo mundo infernal com um propósito inabalável: reencontrar...