seven (taylor swift)

oh, my, we really are timeless

Notas iniciais:

Oi, tudo bem?! Primeiramente, estou aqui e não morri. Segundamente, como estamos no clima de Olimpíadas? As aulas de vocês já voltaram? Aproveitaram as férias?

Imagino que vocês estejam prontos para uma despedida, mas, para alegria de uns e tristeza de outros, vim comunicar que, surpreendentemente, o fim ficou para o próximo capítulo, hahaha. O que aconteceu foi que, basicamente ao revisar este daqui – que era pra ser mesmo o final, cheio de climas de desculpas, lavagem de roupa suja e romances –, percebi que ele estava longo demais, do tipo, quase chegando às quarenta páginas!

Sendo assim, sem querer fugir do padrão dos meus capítulos, que geralmente são mais curtos, eu dividi o final em duas partes. Não vai fazer diferença alguma, e a boa notícia é que vocês não vão precisar esperar muito pra atualizar, já que ele já está pronto. Sei que prometi que o final seria hoje, mas também fiquei feliz da gente não se despedir tão abruptamente assim, afinal de contas, essa história foi muito importante pra mim.

Quero dedicar esse capítulo, como sempre, pra marcella, mas também pra minha amiga laenna, porque ela sempre apoia minhas histórias. Espero que vocês se divirtam e se emocionem lendo tanto quanto eu!

Obrigada por sempre,

Mel.

***

Um feixe de luz de inverno atravessou o quarto da mansão de praia de Rhode Island. Olhando em uma perspectiva interna, o lugar parecia exatamente o mesmo das férias de verão e dos feriados que caíam de maio a agosto: uma residência ampla, com um gramado espaçoso e felicidade à beça. O cenário perfeito para um filme de comédia romântica de verão, com a sua varanda de sofás aconchegantes e uma fogueira artificial para assar marshmallows. No entanto, externamente, o calor daqueles meses e a brisa salgada que era experimentada pelo mar não estavam presentes agora. Era dezembro, o que significava que se tratava do mês mais frio do ano na praia, então, nem se tivesse permissão, Taylor sabia que não iria para o lado de fora.

O mar estava congelado. A areia, ironicamente, misturava-se com gelo e neve, formando uma mistura do esquisito com o belo. E, dentro da mansão de quatro paredes, com vista para o mar e quadra de tênis, a família Swift-Kelce processava os acontecimentos das últimas horas, cada um em seu universo particular.

Primeiro, a ligação para Tree. A ruiva tinha se mostrado implacável e impaciente no telefone, ainda que o seu tom exibisse uma calma que só alguém que estava há tantos anos na indústria poderia apresentar. Discretamente, quando a cantora que agenciava lhe telefonou com a voz trêmula e um tanto aflita, explicando todos os acontecimentos, ela apenas lhe respondeu com um singelo "Estou a par de tudo, Taylor, e ia te ligar". Em seguida, esperou a mulher engolir em seco para abafar os soluços e continuar, acrescentando um teor de consolo maternal em seu tom:

"A matéria já está fora do ar, e não se preocupe com as questões legais. Nós já estamos dando um jeito nisso."

Então, Swift explicou a situação do lado de fora da casa de Travis, em Kansas City. Ela contou, com um bolo crescente em sua garganta e um sussurro – logo depois de pedir a Danna que fechasse todas as portas e janelas – sobre os fotógrafos nas entradas da mansão, e os jornalistas que tentavam tirar fotos da intimidade deles. Em um segundo, Tree já pareceu tomar providências do outro lado da linha.

"Aquele seu lugar em Rhode Island... Ainda está disponível?"

"Está." A loira hesitou. "Mas não há qualquer pessoa lá agora. É dezembro, e ninguém vai à praia em dezembro."

"Ah, querida." O suspiro de Paine ressoou em resposta, como se dissesse sem manifestações verbais explícitas que Taylor ainda era muito ingênua para entender. Surpreendentemente, porque estava naquele ramo há quase tanto tempo quanto a empresária. "Agora vocês irão."