Notas iniciais: o recado vai estar nas notas finais. Boa leitura, meus amores! Desde já quero que saibam que eu os amo infinitamente.
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Violet ajustava seu delineador para sair quando a porta do quarto que estava ocupando em Rhode Island foi batida, o barulho ressoando na madeira fria graças ao inverno. Com um pulo de susto discreto e um gritinho que saiu de sua boca sem querer, a garota assistiu todo o trabalho que estava tendo para puxar um "olho de gato" perfeito cair por água abaixo.
A maquiagem borrou, mas definitivamente não havia sido a batida discreta que tinha lhe assustado. O que na verdade estava consumindo as entranhas de seu estômago juvenil, ainda muito novo para ser atacado por qualquer patologia além da conhecida ansiedade, era o fato de que estava indo para a casa de sua vizinha; a primeira garota que lhe fez perceber que talvez – só talvez – gostasse de garotas.
Emma era muito bonita, isso era um fato. Mas Violet sempre achara garotas bonitas durante a sua vida de um modo geral. O que chamava a atenção nela era a sua personalidade brilhante e destemida, sempre disposta a enfrentar aventuras ou, que, em qualquer ocasião, retirava uma risada de seus amigos.
Elas tinham se conhecido quando a filha de Taylor fora à Rhode Island pela primeira vez, em um feriado relaxante e onde ela percebeu que não precisava se esforçar para fazer amigos. Estava caminhando na praia sozinha, pensando em como se sentia infeliz por não ter trazido Benji para aquela viagem em família quando, inesperadamente, uma garota de sua idade cruzou o seu caminho, dando um sorrisinho no momento em que sua figura ficou cara a cara com a dela.
Naquela hora, Violet sentiu vontade de vomitar. Ela não era exatamente uma pessoa muito sociável na escola, nem imaginava que as pessoas gostassem de sua companhia. Foi quando, gentilmente, Emma lhe acenou e, usando toda a animação da qual ela nunca parecia se livrar, disse o seu nome e perguntou o dela.
"Você é nova aqui?" Perguntou, os cabelos voando contra o vento e os olhos pequenos não deixando de brilhar em nenhum momento. Ao seu lado, a adolescente tímida tinha dito que se chamava Violet, e balançou a cabeça para responder àquele questionamento seguinte. "Ah, poxa. Está alugando, então? Que droga. Achei que fosse ter uma vizinha nova."
"Hum, eu... Acho que sou sua vizinha." Foi a vez da loira murmurar, prendendo as próprias mechas rebeldes em um coque e depois sentindo-as se desfazer sozinhas, graças à brisa. Na época era verão, mas não significava que os ventos não estivessem a todo vapor. "Eu moro na mansão que era da Rebekah. Quer dizer, eu passo férias. A minha mãe é a dona da casa, e ela me trouxe pra aproveitar o feriado."
Vee assistiu a desconhecida chamada Emma erguer as sobrancelhas, como se estivesse ligando as informações e conectando os pontos para chegar à conclusão que precisava. Ela se preparou para escutar toda a animação que vinha de meninas da sua idade depois daquilo; perguntando se era mesmo filha da Taylor Swift – como se existisse outra – e logo forçando uma amizade que parecia não ter potencial algum para existir.
Mas a garota só disse:
"Bem, espero que você venha passar os feriados aqui com frequência, então. Estou em escassez de garotas. Tenho dois pais homens e um irmão mais velho irritante, então..."
A segunda menina não disse nada, mas ficou instantaneamente animada. Não porque Emma era bonita ou porque ela tinha dois pais – e Violet, apesar de amar a sua mãe e definitivamente não ter vontade de trocá-la por dois pais, ainda achou aquilo incrível –, mas porque ela parecera se interessar por ela por se interessar, e não por causa de seu sobrenome. Pela primeira vez, naquele singelo dia de verão, durante o fim de semana de quatro de julho, a jovem acabou se sentindo à vontade para conversar com alguém, e aceitou visitar a casa da vizinha quando ela lhe convidou para dar uma olhada em seus livros.
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seven (taylor swift)
FanfictionOnde Taylor é a mãe de Violet - mas ela não sabe. Dezessete anos de sucesso demarcam a carreira multimilionária da cantora Taylor Swift. No marco dos trinta e três, a loira tem quase tudo o que quer. Quase. Se não fosse por um mínimo detalhe de seu...