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POV:s/n

Ok. O que aconteceu agora? Eu acabei de falar com a mãe da minha esposa, a mulher que me odeia...

Fico gelada, pálida, sem saber o que pensar ou falar.

-devo ligar pra ela? Não, melhor não.
Falo pra mim mesma andando de um lado para o outro.

Passo a mão no cabelo pensando nas possibilidades de ser humilhada hoje por ela, eu nem eu o que vai acontecer. Só vou saber quando chegar lá

[...]

Não comi, não bebi nada depois dessa ligação, eu nem consigo pegar no celular sem tremer.

-Veronica, tô saindo tá? Você fecha aqui.
Digo com a voz trêmula.

-s/n? O que aconteceu? Senta aqui, bebe uma água
Ela levanta pegando na minha mão e pegando um copo de água que eu quase derrubei a água de tanto tremer.

-então, recebi uma ligação, sabe quem quer falar comigo? A mãe da minha mulher.

-pera, a mãe da Sofia? A sua sogra? A mãe dela?
Ela disse pálida também

-SIM, eu tô sustando

-calma s/n, vai dar tudo certo, hoje você não morre, eu acho...

-acha?, bom eu vou lá, não fala pra minha mulher onde eu fui tá? Beijos, tô indo tchau.
Digo levantando da cadeira e saindo com meu carro.

-vamos s/n, você consegue.
Falo para mim mesma e ligando o carro.

[...]

Assim que eu chego na cafeteria, pego uma mesa e fico apreensiva.

-boa tarde, como eu posso ajudar?
Uma garçonete bem educada e sorridente vem me atender e eu sorrio para a mesma

-na verdade, agora não preciso de nada, tô esperando uma pessoa, por um acaso, você viu uma mulher?

-bom, tem várias mulheres aqui senhora, então é meio difícil.

-é você tem razão. Bom, ela sabe quem eu sou, então ela vem em minha direção, jaja eu chamo você para fazer o pedido.

-certo, até mais

-até

Fico sozinha, pego meu celular e vejo o papel de parede, uma foto minha com minha esposa, na praia, se beijando, eu amo tanto essa foto.

Com o tempo, eu vejo uma mulher olhando pra mim andando na minha direção.

-é, ela...
Sussurro baixinho morrendo de medo.

-s/n?

Levanto na cadeira e estendo a minha mão em direção a ela.

-senhora?
Ela pega na minha mão me cumprimentando.

-tudo bem?

-tudo sim senhora, sente-se
Falo me sentando de volta e ela senta na minha frente.

Ficamos alguns segundos nos encarando, meu medo falava muito alto.

-bom, senhora, chegou de viagem quando?
Dou iniciativa a uma conversa.

-bom, cheguei faz algumas horas, coloquei minhas malas no hotel e vim para lá.

-entendo, bom, quer conversar comigo sobre o que?
Tá com fome? Vou chamar a garçonete.
Levanto a mão e logo a garota ver e vem em minha direção.

Fazemos nossos pedidos e de novo ficamos ali sozinhas.

-como está minha filha?

-ela está bem, pelo horário ela está saindo da galeria dela agora e indo para casa.

dois corações estranhos (parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora