Contratempo E Descobertas

140 27 16
                                    

Ainda era tarde da noite quando acordei, praticamente de madrugada, os feromônios doces do Sasuke tomaram meu nariz e era a única coisa que consigo sentir, me senti na cama e vejo ele dormindo sereno, se fosse um sonho o aroma dele não estaria tão forte assim, então imagino que deva ser seu cio, mesmo me tendo dito que ainda demoraria alguns dias, toda nossa noite deve ter adiantado isso de alguma forma. Mas quando me deparo com esse cenário uma parte de mim quer atacá-lo, morder sua nuca e escutar seus gemidos enquanto treme embaixo do meu corpo, eu quero isso, mas me lembro do seu pedido e fico lúcido. Então me visto e depois visto o Sasuke esperando que ele não acordasse, depois de cobrir seu corpo com um casaco cercado dos meus feromônios para disfarçar o cheiro dele.

Espero que não tenha novas espécies aqui, se tiver, com certeza vou ter que lutar com ele, mas se forem só alfas o meu cheiro será o bastante para cobrir os do Sasuke.

Sair do hotel foi uma experiência que quase me fez enlouquecer, o cheiro do Sasuke me deixa fora de mim, desnorteado, como se o cheiro dele tentasse me atrair para toca-lo, e até pensei em deixar ele no colo de outro de um dos seguranças, mas eu sinto tanto ciúmes dessa ideia que imagino que sujaria minhas mãos de sangue ao ver meu ômega nesse estado nos braços de outra pessoa que não seja os meus.

No carro foi pior, mesmo com os vidros abertos fiquei com a respiração pesada, como se estivesse no cio, fiquei tão eufórico que pedi para Aoda dar um tiro em mim caso eu ousar fazer algo com o Sasuke, como atacá-lo, parece ser exagero, que o Aoda não faria isso realmente. Mas ele vai fazer. Então quando chegamos na casa, Kurama foi na minha frente e Aoda andou atrás de mim. Entramos na casa escura e comecei a andar em direção ao quarto, subo as escadas e ando pelo corredor, com uma voz infernal na minha cabeça dizendo para derrubar Kurama e entrar no quarto e me trancar lá. Mas me mantive sã, e coloquei Sasuke na cama, deixei meu casaco com ele e mandei levarem a mala para um quarto de hóspedes, conferir as janelas para garantir que elas estejam trancadas e coloco um anti feromônios na tomada, por mais que seja um nome que faça parecer que não vai ter feromônios nenhum no ambiente, ele só contém os feromônios que já estão no ambiente e faz com esse aroma fique só aqui.

Então o olho por um última vez e o vejo encolhido, abraçado ao meu casaco, então me aproximo e tiro a aliança dele e coloco na mesa de cabeceira, talvez seja idiotice fazer isso mas prefiro não arriscar como um casal que eu vi que a aliança ficou preso dentro da mulher.

— Senhor.— Aoda chama e saio do quarto, então vejo Aoda trancando a porta do quarto, Kurama e Aoda vão fazer turnos diferentes, um de dia e o outro a noite, acompanhado de um outro segurança já que um não seria o bastante caso eu me descontrola-se.

Quando entro no quarto de hóspedes e vejo que vou dormir sozinho por sei lá quanto dias exatamente e fico pensativo, me sinto entristecido e desconfortável.

O problema dos novas espécies segundo maioria das pessoas é que somos muito apegados aos nosso companheiros, — em outras palavras, somos grudentos como chiclete e carentes como um cachorrinho—, talvez seja por isso que as pessoas acreditam que somos bons parceiros, óbvio que tem pessoas que odeiam um parceiro pegajoso mas a única opinião que me importo é com a do Sasuke, e ele não parece se incomodar com isso, ele só não gosta das minhas perguntas óbvias. Mais ainda das perguntas sobre ômegas já que sou uma completa decepção em relação a isso, o máximo que devo saber é que um ômega mesmo sendo homem pode engravidar e eles liberam um lubrificante natural quando ficam excitados, também tem os ninhos que fui aprender depois do Sasuke me falar sobre a licença heat.

Penso em ir dormir um pouco para passar o tempo, depois eu arrumo alguma coisa pra fazer e me distrair que vou passar sei lá quantos dias sem ver o rosto do meu omega, mas acabo não conseguindo pregar os olhos então desisto, me levanto e pego o notebook e meu celular, indo até um escritório onde arrumei a mesa e respiro fundo. Essa é a primeira vez na vida que estou em busca de trabalhar para me distrair.

RedamancyOnde histórias criam vida. Descubra agora