Despertar

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Minha cabeça está latejando e meu corpo inteiro dói, e nós mínimos movimentos que faço com minha perna me faz grunhir de dor, quando abro meus olhos e vejo o quarto escuro, logo viro meu rosto para o lado, pronto para choramingar para o Naruto. Mas quando percebo que estou completamente sozinho fico confuso, onde ele foi? Quando me sento na cama sinto uma pontada percorrer meu corpo, todos meus músculos estão doendo e fazem meus olhos lacrimejarem. Espera, não estou naquele quarto de hotel de antes, quando ele me trouxe de volta pra casa? Foi então que consigo me lembrar da nossa noite juntos e do desmaio. Chega a ser vergonhoso lembrar o motivo do desmaio, não consigo acreditar que desmaiei de tanto transar. Logo depois disso eu devo ter começado a entrar no cio. Se bem que parando para pensar agora, desde o início eu estava com aquela sensação de queimação, provavelmente um aviso que meu corpo estava no limite e preste a entrar no cio. Mas acabei nem percebendo por conta da minha ansiedade.

Me deito na cama de novo e sempre que me movo é uma pontada diferente que quase me faz chorar mesmo, então respiro fundo e cubro meu corpo. Não sei quando alguém vai entrar no quarto, e se entrar, eu não sei se vai ser o Naruto mesmo.

Quero gritar mas não consigo, meu corpo inteiro está doendo e nem sei como conseguir me sentar e deitar. Tento passar o tempo só olhando para teto, talvez tenha só se passado alguns segundos, ou minutos, talvez sejam até horas. Não faz tanta diferença. Quando escuto o barulho da porta sendo aberta já estava me sentindo sonolento, e não consegui me sentar, nem levantar a cabeça para verem que estou acordado. Mas consigo ver Aoda se aproximar pelo canto do olho e me sinto decepcionado, esperava que fosse o Naruto, queria que fosse ele.

— Você tá acordado?— Ele murmura e fico confuso.

— Não, eu gosto de dormir de olhos abertos.

— Tenho que avisar ao senhor Uzumaki.— Me surpreende ele ter me escutado de tão baixo que saiu minha voz, ou será que ele só fingiu que entendeu?

— Espera. Você precisa abrir as janelas para poder chamar o Naruto.— Ele concorda e abre as janelas, depois pega o celular e escuto o barulho de passos pesados depois da porta sendo aberta com tanta força que quando ela bate na parede não iria me surpreender se tivesse um buraco onde aconteceu o impacto.

Vejo Aoda sair do quarto quase que de fininho enquanto Naruto praticamente se ajoelha do lado da cama com a maior expressão de cachorro abandonado.

— Eu gostaria de poder te abraçar e beijar, mas eu preciso de um banho e escovar meus dentes, então por favor. Não aja como se eu estivesse em um hospital no meu leito de morte, me ajude a ir até o banheiro e pode me encher com suas carícias.— Ele não me responde mas sinto sua mão ir para minhas costas e depois para minhas pernas, quando sou levantado mordo o lábio para não gritar de dor. Eu queria ouvir algo, sua voz, quero ser reconfortado. Será que fui grosso sem perceber?

Assim que chegamos no banheiro peço para ser colocado no chão, lógico que estou com dor, mas preciso tirar forças de onde eu posso para escovar meus dentes pelo menos.

— Pode colocar pasta na escova?

— Quer que eu ajude?— Ele pergunta depois que termina de colocar a pasta na escova e fico confuso, tento entender o que ele quer dizer com isso, quando entendo arregalo meus olhos.

— Ajudar como? Escovando meus dentes?

— Não me olhe assim, você mal consegue sustentar seu corpo em pé sem eu estar ajudando, e parece sentir dor até quando fala.

— Não precisa.— Preciso sim, preciso parar de ser orgulhoso, mas eu não consigo. Ele já vai me ajudar a tomar banho, escovar os dentes é um limite que não consigo ultrapassar.

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