Capítulo 3

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PRÓXIMA ATUALIAÇÃO: 21/01.

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 No caminho do trabalho, conversávamos sobre Lincoln.

- Ele não falou nada de namoro, amor, casamentos, filhos. Não forçou um assunto falso de romance, sabe? - ela falava sorrindo. - Apenas duas pessoas conversando sobre suas vidas. Ele é advogado. Mora sozinho. As vezes sai com os amigos.

- Vocês se beijaram? - perguntei animada.

- Siiiiiim! - ela respondeu comemorando. - E que beijo, Clarke! Que beijo. - ela suspirou e eu sorri.

[...]

Antes de abrir o mercado, estávamos conversando no refeitório, quando Woods chegou nos cumprimentando.

- Bom dia à todos! - disse assim que pisou no refeitório. Mas ao contrário dos outros dias, ela não entrou e saiu com pressa. - Temos um convite a vocês. Já estão todos aqui?

Ela olhou cada rosto e parou no meu, que vergonhosamente, corou.

Abaixei os olhos frustrada.

- Bom, se não tiver todos aqui, peço por favor, que deem o recado a eles, sim? - ela continuou.

Todos responderam ao mesmo tempo: Sim!

Ouvir mais de meia dúzia de palavras dela me desnorteou um pouco.

A voz dela era linda, um pouquinho aguda, mas suave, doce. Maravilhosa. Droga. Fechei os olhos.

- Como os antigos já sabem, nós fazemos uma confraternização todo ano. Todo primeiro Domingo de Dezembro. - ela continuava.

O olhar dela vagava entre os rostos presentes e os meus olhos não ficaram preso nos dela, assim, pude, finalmente, reparar em outras coisas.

Comecei pelos cabelos. Castanho. Aparentemente liso ou ondulado, estavam preso num rabo de cavalo com uma franja solta do lado direito do seu rosto. Senti vontade de levantar e colocá-la atrás de sua orelha. Ok. Imaginando demais.

Como se ouvisse meus pensamentos, ela mesma colocou a franja pra trás da orelha.

Admirei mais dos olhos verdes, e o quão misteriosos eles pareciam. Senti-me afundando no verde claro de seus olhos. Merda, próximo.

Desci pela sua boca, seus lábios grossos em movimento enquanto falava, estavam cobertos por um batom rosado clarinho, quase natural.

Senti que eu mordia meu lábio inferior.

Céus...

Desci para seu pescoço.

Ela usava uma gargantilha preta, com um pingente de uma guitarra pendurado.

Sorri.

Continuei descendo.

Ela usava uma regata preta de alça fina que deixava sua clavícula exposta.

Senti meu olhar descendo e fechei os olhos de novo.

Droga.

- Então, eu gostaria de dizer que todos estão convidados para confraternizar conosco. - ela disse sorrindo com o canto da boca na hora em que abri os olhos, paralisei.

Eu nunca a tinha visto sorrir e algo se acendeu em meu coração.

O olhar dela encontrou o meu de novo e eu não consegui desviar. Dessa vez, ela que o fez.

Ela juntou as mãos e começou a estalar os dedos, parecia nervosa.

Todos vibraram e bateram palmas.

- Então é isso. Gostaria de agradecer a atenção de todos e só pra confirmar, no Domingo do dia 03, assim que o mercado fechar, nós vamos confraternizar juntos. - ela sorriu de novo. - Agora eu peço que vão adiantar o serviço que ainda tenho um recado aos novatos.

Você ainda tem tudo de mim. ~*CLEXA*~Onde histórias criam vida. Descubra agora