Capítulo 32

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Olá, pessoas.

***ATENÇÃO ALERTA DE GATILHO***

Por favor, não ignore esse aviso, o conteúdo deste capítulo pode ser forte para você.

Próxima atualização: 10 de Agosto.

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Lexa.

Eu respirava com dificuldade, quase joguei o aparelho da minha tia longe, mas me contentei em jogá-lo na cama. A cadeira não teve a mesma sorte e sofreu com o meu descontrole. A lancei contra o guarda-roupa pequeno quebrando seu espelho.

Sabia que Clarke estava de fone e não poderia me ouvir, e não me importei com quem pudesse. Eu só precisava extravasar. Eu só precisava soltar toda essa coisa que sufocava meu peito. Já que eu não podia simplesmente encontrar com aquele demônio e terminar o que Clarke impediu naquele dia.

Balancei a cabeça tentando espantar esse tipo de pensamento.

Tentei me concentrar em Clarke. Se bloquear certas lembranças ainda a torturava, imagina agora revendo tudo o que passou.

Como ela suportaria? Como ela lidaria? Como eu vou me aproximar sem assustá-la? Sem que ela em uma crise enxergue Niylah e não a mim?

Deus, como vou fazer para cuidar da minha namorada? Como protegê-la de suas próprias lembranças? Seus próprios pensamentos?

Lembrei das vezes em pegava em seu pescoço, das vezes em que a mordi.

Tudo o que essa mulher fez com ela me enojava. E doeu até quando realmente foi consensual. Quando Clarke quis.

Como será que ela reagiu quando descobriu isso também? Que foi filmada sem sua permissão.

Eu não aguentava mais ficar no quarto. Fui até a porta do meu e esperei.

Ela podia ter parado algum vídeo, ou demorado em alguma foto. Não sei se ela já havia terminado de assistir tudo ou se precisava se recuperar para continuar.

Eu não sabia o que fazer. Queria entrar no quarto e abraçá-la. Eu fui de uma ponta a outra do corredor, estava inquieta. Queria lhe dar o momento que pedira, mas não estava suportando mais.

Decidi lhe dá mais uma hora, nem um minuto a mais. E então, entraria no quarto.

Quando eu estava prestes a descer as escadas, ouvi o barulho da porta abrindo.

[...]

Clarke.

As primeiras fotos foram as menos difíceis, eram fotos casuais, embora tenhamos tirado fotos juntas, elas não estavam ali, apenas as que eu estava sozinha. Inúmeras fotos.

E então cheguei em um vídeo. Meu coração deu uma batida pesada. Ela nos filmou transando. Como ela... Meu estômago embrulhou.

A câmera escondida pegou todo o nosso sexo. Em vezes que eu não a estava vendo, ela olhava para a câmera e sorria.

Pausei o vídeo e levantei para respirar um pouco. Olhei pela janela, mais por hábito. Depois andei em círculos. Me sentia enjoada, e isso era só o começo.

Respirei fundo e retornei ao vídeo.

Enquanto eu ia até o banheiro, ela pegou a filmadora e sorria convencida.

- A segunda vez que eu fodo ela, vamos para uma terceira.

Ouvir sua voz despertou o que eu não queria, mas sabia que viria. O medo, o pavor. Tudo nela era agressivo para mim. Como fui tão cega? Como não pude ver a crueldade que emanava dela?

Você ainda tem tudo de mim. ~*CLEXA*~Onde histórias criam vida. Descubra agora