Olá, pessoas. Consegui não atrasar dessa vez. Continuemos assim rs.
Próximao atualização: 08 de Junho.
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Domingo - 24 de Dezembro
Não me assustei quando me olhei no espelho e vi meus olhos inchados. Meu rosto cobrou uma noite inteira chorando pela mulher abraçada comigo.
Chorei por ela estar traumatizada, chorei por ela ter pedido um tempo, chorei pelos seus pesadelos, e principalmente, chorei por ela se sentir menos.
Eu queria poder enfiar na cabeça dela que ela continuava perfeita, que isso a tornava mais humana, que eu ainda a amava.
Mas eu sei bem como ela está se sentindo, eu me senti assim por anos e ainda quando nos encontramos, me senti pior ainda. Ela tinha acabado de sofrer um trauma, e sabe se lá quanto tempo levaria para ela.
Eu só tentava manter a distância que ela pediu. Quando eu precisei ficar sozinha, ela deixou. Eu tinha que tirar forças para fazer o mesmo por ela.
Mas fazer isso por ela, não amenizava em nada a dor em meu peito. Por mais que ela me permitisse ficar perto dela, não era a mesma coisa. Não poder arrancar um beijo, ou abracá-la, ou lhe ajudar com a troca de curativo em seu ferimento, estava me custando mais do que eu achava possível.
[...]
Estacionei o carro e saí desanimada.
- Ei, Clarke. - reconheci a voz de Josephine.
- Oi, Jose. - falei melancolicamente e ela sorriu.
Eu queria dizer que não lhe dei um apelido, eu só estava sem forças até para falar seu nome todo.
- Parece cansada.
- E estou. - abaixei para fazer carinho em Picasso. - Olá, lindinho. Estava com saudades de você.
- Também estávamos.
Estávamos?
Levantei e a olhei.
- Estava pensando, gostaria de convidar vocês para dar uma passadinha lá em casa hoje.
- Vamos receber nossos amigos, mas obrigada pelo convite.
Minha voz parecia robótica, voltei a me sentir vazia e nem havia percebido.
- Você está bem mesmo? Tem certeza que é só cansaço? Você e Lexa estão bem?
- Claro. - menti para não lhe dá abertura para saber sobre nosso relacionamento.
- Mesmo? Pode contar comigo.
- Mesmo. Eu preciso entrar agora. Ela deve estar me esperando.
Dizer isso, soou como um crime de tão falso que saiu. Ela percebeu.
- Posso não ter me comportado bem, mas me importo com você, Clarke. Pode me dizer, pode conversar comigo.
Eu relutei, mas por cansaço, ou por desabafo, falei:
- Lexa me pediu um tempo.
Ela apertou a mandíbula.
- Eu sinto muito, sei que você a ama e que deve estar sofrendo.
- Estou.
- Quer dá uma volta, para distrair?
- Não, mas obrigada mais uma vez. Se quiser aparecer mais tarde para nos dar um abraço, será muito bem-vinda.
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Você ainda tem tudo de mim. ~*CLEXA*~
RomanceBaseado no nosso casal injustiçado de The100. Escrevo aqui uma história paralela com os personagens da Série. *ALERTA DE GATILHO* Alguns capítulos podem ser um pesado. Clarke começa um emprego novo sem imaginar a reviravolta que isso vai causar em s...