capítulo 29.

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Cheryl Blossom pov.

A festa está legal e tudo mais. Do jeito que eu gosto. Mas eu não posso negar que estou muito ansiosa para ver o presente que a Heather me deu.

Não vou conseguir esperar e abrir junto com os outros.

Corro para o quarto e fecho a porta. Sento na cama, pego o presente e logo começo a desfazer aquele laço grandão.

Meu Deus, é o nosso livro favorito.

Ela guardou isso.

Heather e eu nos conhecemos desde a infância. Éramos melhores amigas e quando crescemos, percebemos que não era só isso. Foi aí que surgiu o namoro.

Mas tínhamos um livro que amávamos ler juntas quando pequenas. The wicked deep.

Então nós decidimos que esse era o nosso livro favorito.

E sempre quando brigávamos ou parávamos de nos falar, uma ia na casa da outra não importava o horário, só para levar o livro e ler juntas.

Não acredito que ela ainda guardava isso com ela...

Foi o melhor presente que recebi na vida.

– Cheryl, você é a aniversariante e está aí trancada no quarto? Sai dessa cama já! Deixa para cometer as suas impurezas mais tarde. – Me assusto com a voz alta e repentina de Veronica ecoar pelo quarto.

Olho para a porta e lá estava ela, segurando a maçaneta como apoio e a cabeça encostada no canto da porta.

Eu sei que ela não vai me deixar em paz enquanto eu não ir com ela.

Então coloco o meu livro bem protegido na primeira gaveta do criado-mudo e pego na sua mão em seguida.

– Você não sabe quem chegou. – Ronnie diz com um suspiro de cansaço e desgosto.

– Drake?

– O quê? Como acertou tão fácil? – Ela solta a minha mão e paramos na cozinha. Abro a geladeira e pego qualquer bebida sem nem olhar qual era para nós duas.

– Você está morrendo de ciúmes dela com a Betty desde que ela chegou na escola, então é claro que seria ela.

– Cheryl, eu não... Olha, não é ciúmes romântico... Eu só... Betty e eu somos amigas! Eu não estou incomodada com Drake e ela... Na verdade, é que...

Quanta embolação, Lodge.

– Guarde sua gagueira e argumentos inválidos para a Betty. – Falo.

Dou um gole da minha bebida e olho ao redor. Novamente, os meus olhos encontram ela.

Toni Topaz.

Ela está sozinha, com o corpo apoiado na parede da sala e os braços cruzados.

Tão pequena que eu quase mando ir embora achando ser uma criança.

– Me espera um instante? Eu volto logo. – Veronica diz para mim, porém com o olhar em Betty que estava com Drake.

– Espero.

Então ela sai.

E eu fico sozinha.

Não por tanto tempo, já que...

– Difícil falar com você sozinha, toda hora alguém rouba a sua atenção. – Se eu não estivesse esperando ela vir falar comigo, eu teria me assustado com a forma que ela chegou tão discretamente.

– Nem sei o que está fazendo aqui. – Respondo Toni.

– Te parabenizar. Feliz aniversário, Blossom!

– Era só isso? Obrigada.

– Por que é que você me odeia tanto assim? Não é possível que seja só por eu ser do outro lado da cidade.

– Você disse que só veio para me parabenizar. Já fez isso, então pode ir.

– Eu vou. Mas antes, queria lhe entregar isso.

Mais uma caixa. O que será agora?

– Tchau, Cheryl.

– Tchau, Topaz! – Pego a caixa da sua mão não tão indelicada e a vejo sair.

Ela realmente foi? Não insistiu?

Veronica Lodge pov.

– Betty, posso falar? Sei que está ocupada conversando, mas é que queria muito conversar com você. – Me aproximo dela e Drake logo me olha com aquela sua cara de garota sonsa e fingida. Pensa que eu não sei que ela está tentando conquistar a Betty.

– Claro, Vee. Me espera, Drake?

– Sem pressa, pode ir.

Betty abre um sorriso simpático para ela e me segue logo depois.

Saio da casa e ela me acompanha, nós duas paramos no jardim.

– Ué, por que saiu da festa? – Ela questiona. – Caramba, Verônica! Você está bem? Está tremendo muito, parece apreensiva com algo.

– É que eu quero muito fazer uma coisa que provavelmente você não queira mais e que provavelmente eu vou me arrepender.

– Do que está falando?

Droga. Por que a minha melhor amiga ficou tão atraente do nada?

E por que eu passei a ficar tão nervosa ao seu lado?

Tão nervosa que até a minha respiração fica descompassada.

– Tem certeza que não é o álcool? Você realmente não parece bem.

– Betty, eu quero te beijar!

Agora já foi.

– O quê? – Caramba, Betty... A sua cara de surpresa e receosa me deixa mais nervosa ainda. – Olha só, você realmente deve estar bêbada ou algo do tipo. Está sem opção? A bebida não bateu bem? Está cansada? Por que você iria querer me beijar de uma hora para a outra? Não faz sentido, sabe...

E antes que ela continuasse falando e falando, eu precisei tomar uma atitude.

Puxo-a delicadamente pelo braço e colo os nossos lábios.

Nem no meu pior delírio, eu me imaginava fazendo isso.

Mas eu assumo que eu precisava. Precisava muito beija-lá.

i love you like oxygen - Choni e Beronica.Onde histórias criam vida. Descubra agora