i love you like oxygen - Choni e Beronica.

capítulo 36.

Toni Topaz pov.

– E aquele nosso encontro? Quando sai? – Após Veronica sair da sala para ir ao banheiro, eu aproveito para perguntar para a ruiva na cara dura mesmo.

– Não dei certezas. Tenho que ver se cabe você na minha agenda. – Ela brinca. Claro que brinca.

– E como eu posso dar um jeito de entrar nessa agenda apertadíssima da senhorita? – Entro na sua brincadeira, esticando um pouco o meu braço para colocar disfarçadamente atrás da sua cadeira.

– Eu vou pensar mais no seu caso. – Cheryl pega o meu braço sem que eu perceba que ela havia visto ali e o tira da sua cadeira. – Agora me faz um favor, vai copiar a atividade e me deixa em paz.

– Você ainda vai pedir para me beijar, Blossom.

Ela acaba rindo com a minha frase e nega com a cabeça, enquanto volta a copiar o que o professor passa no quadro.

[...]

Cheryl Blossom pov.

– Fala a verdade, você está amando a minha companhia esses dias, né?

Convencida e iludida essa garota, não?!

– Alguém tira esse ser vivo de perto de mim só um segundo, por favor. Eu preciso respirar. – Coloco a minha mão na sua cabeça e a arqueio para trás, rindo um pouco baixo.

– Finalmente vocês estão se dando bem. – Veronica fala soltando uma risada nasal.

– Se dar bem é algo muito forte, estou aprendendo a conviver com essa garota já que não tenho opção. – Paro no meu conversível e apoio o meu braço no capô dele.

– A gente finge que acredita que você não tem a opção de continuar me ignorando. – Topaz diz sarcasticamente.

Veronica apoia o seu braço no ombro dela e Betty para ao lado da morena, que estava entre as duas.

Elas não estão se falando tanto e nem resolveram a "discussão" que tiveram.

Mas não adianta o quão feia seja a briga entre as duas ou o que aconteça, elas nunca deixam de ser amigas.

O silêncio toma conta e o clima fica constrangedor.

Betty tenta virar o rosto disfarçadamente e olha para Veronica.

Ela a olha de volta e elas trocam uns olhares rápidos. Coisa de dez segundos contados.

Veronica põe a mão nos seus olhos, na tentativa de cobrir o sol que invadia a sua visão.

Topaz como claramente é lerda com certas coisas, não percebeu que estava atrapalhando os olhares das duas ali no meio.

– Bom... É... Eu vou indo embora. – Abro a porta do meu carro. – Betty, vem comigo?

– Eu vou sim, prima. – Ela se aproxima mais de mim. – Minha mãe não atende os meus telefonemas e acho que ela se esqueceu que tem uma filha para vir buscar na escola.

– E você vem com a gente? – Questiono para Veronica.

– Não, cerejinha. Eu passo. – Os olhos miúdos pelo sol da latina quase não se encontraram com os meus, mas com um pouco de esforço, ela conseguiu me olhar. – Obrigada, mas já combinei de ir com a Toni.

– Combinou, é? – Topaz olha confusa para ela e acaba recebendo um pisão indiscreto no seu pé. Põe indiscreto nisso.

– A coitada... Tem problema de esquecimento recente.

– Ah, verdade... Eu vou levar ela hoje! – E a outra vai na mentira. Oh, dó que dá desse fingimento.

Entro no meu carro e Betty faz o mesmo que eu, se sentando no banco ao meu lado e colocando o cinto.

Aceno para as duas e Betty faz o mesmo.

– Creio eu que você nunca iria omitir isso de mim, mas você está ficando com a Toni? – Ela solta a voz depois de horas poupando usá-la.

– Claro que não, Betty. – Digo séria e focada na conversa, porém de olho na estrada.

– Vocês combinam muito. Tipo, muito mesmo.

– Eu não acho. E não gosto nem um pouco dessa ideia!

– Não gosta?

– Eu não quero falar sobre isso.