capítulo 37.

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Cheryl Blossom pov.

– Filha, uma amiga sua veio falar com você. – Mamãe informa. – Posso mandá-la subir?

– Pode sim, mãe. – Desligo o meu celular e me ajeito na minha cama. Ela assente e encosta a porta do meu quarto, saindo em seguida.

Espero por alguns poucos segundos e a logo a porta se abre novamente.

– Topaz? O que está fazendo aqui na minha casa? – Ao mesmo tempo que eu estou confusa, estou incrédula. Quem raios deu liberdade para ela aparecer aqui do nada?

– Vim visitar a minha nova amiga. Não posso?

Um risinho fraco lhe toma conta e eu cruzo os braços, ainda na tentativa de entender isso.

– Amiga? Quem foi que te disse que eu sou a sua amiga? – Me ajeito na cama e ela se senta ao meu lado sem nem pedir a minha permissão para isso.

– Conhecida, colega de classe, tanto faz.

– Topaz, é sério. O que está fazendo aqui?

– Vim te chamar para dar uma volta. Ah, e eu não aceito não como resposta!

[...]

Esse pingo de gente achou mesmo que iria conseguir dar ordem em alguém, né?!

Nesse exato momento, nós estamos dando uma volta pelo parque.

– Desculpa a pergunta, mas você mora só com a sua mãe? – Ela questiona, chutando algumas pedras no chão enquanto caminhava com as as mãos para trás.

– Sim. – Respondo enquanto caminho ao seu lado e mantenho o olhar fixo ao chão. – O meu pai morreu não faz tanto tempo assim. E o Jason... Você sabe.

– Eu sei. – Toni se senta em um banco e eu me sento ao seu lado. – Sobre isso... Mesmo que eu ou nem os outros Serpentes tenham culpa, quero me desculpar com você. Afinal, querendo ou não, quem fez isso com o seu irmão foi um de nós.

– Não precisamos tocar nesse assunto agora.

É a única coisa que respondo antes de entrarmos em um silêncio completamente desagradável.

Toni Topaz pov.

Cheryl não é tão chata assim quanto parece.

E olha que parece muito.

Ela só parece tentar esconder a garota legal que ela é atrás dessa garota que ela mostra ser.

– Desculpa, tia. – Saio dos meus devaneios após ouvir uma voz masculina e baixa dizer.

Vejo um garoto fofo de aparentemente uns seis ou sete anos de idade. Ele para na frente de Cheryl e fica esperando uma reação dela, que no momento, não estava tendo nenhuma.

– Não tem problema. – Ela pega a bola que estava jogada entre as suas pernas e entrega nas mãos dele. – Tome mais cuidado com a sua bola.

– Obrigado. – Ele agradece com um sorriso enorme e sincero. – Eu vou tomar sim. Tchau!

– Tenho cara de tia? Pareço velha?

Foi essa a sua preocupação quando olhou para a criança?

– Não, é só um jeito fofo que as crianças encontram para chamar os mais velhos que elas. – Explico. – Mas... Você tem cara que seria uma boa mãe!

– Credo, Topaz. Nem me diz isso! Não tenho vocação alguma para ter responsabilidade materna.

– Ué, as mães já nascem experientes e eu não sabia? – Falo com sarcasmo e ela me dá um empurrãozinho. Mas eu consegui arrancar um sorriso dela.

Um sorriso sincero.

– Não pensa em ser mãe um dia?

– Eu não. Não penso nem em casar, imagina ser mãe.

– Uma pena que você tenha esse pensamento. Sinto em te informar, mas você vai ser a minha esposa um dia!

– Você é tão engraçada, Topaz. – Ela solta uma risada como se isso fosse algum tipo de piada mesmo.

– Você vai ver que eu não estou brincando.

i love you like oxygen - Choni e Beronica.Onde histórias criam vida. Descubra agora