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2008

Clã Yamato.

Uma linda flor florescia em meio as pedras e barro. Todoye se ajoelhou encarando a planta de cor vibrante, os olhos escuros analisou com cuidado a flor delicada, ali não é lugar de se crescer flores.

- É linda, não é?- Yna se ajoelhou ao lado da menina que concordou com a cabeça.

A mulher arrancou a planta e colocou nas mãos da garota. Estavam aos arredores da casa, Akuyashi saiu a negócios, Yna aproveitada essas saídas para fazer Todoye tomar um pouco de sol, a menina provavelmente já teve ter algum problema de pele por falta de vitamina D.

- Você a matou- Referiu-se a flor em mãos.

- Oh, me desculpe, estava tão admirada que resolvi a dar de presente.-

- Mas você a tirou da casa dela, ela vai morrer.- Encarou a bela flor amarela, suas pétalas são tão radiantes como o sol.

- Você tem razão, mas veja onde ela nasceu, em meio as pedras, se continuar aqui vai perder as pétalas e murchar.- Apontou para o chão coberto de granizo e rochas diferenciadas.

- Todoye, as vezes o lugar em que elas nascem não é apropriado.- Segurou a mão da menina a levando para o outro lado do quintal.

Yna se abaixou e cavou um pequeno buraco em meio as outras flores.

- Aqui, a coloque aqui.-

Todoye obedeceu e plantou a flor amarela entre as outras coloridas.

- Viu? Ela vai ser muito mais feliz junto das outras.-

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2018(Atualmente)

Tóquio

Uma grande casa, vazia, escura, suja e triste. Todoye estava bem no meio da sala de piso escuro, o clima frio a fez abraçar os próprios braços, assim que o fazia barulhos altos chamaram sua atenção.
Todoye andou em passos lentos até a som de panelas e copos de vidros sendo jogados no chão, seus pés descalços passaram por alguns cacos de vidros até chegar ao local, era a cozinha.
Estava escura assim como toda a casa, a luz piscava gradualmente causando uma sensação desconfortável. Resmungos viam da pessoa parada no final da cozinha, a sombra era alta e sombria. Todoye permaneceu parada.

Estava com medo.

Caminhou lentamente em direção ao corpo em pé, a medida que se aproximava a sombra se virava lentamente. Todoye ficou de frente a pessoa e imediatamente percebeu quem era.

Seu pai, segurando nas mãos a cabeça de Yna pelos cabelos, o rosto pálido e se vida fez uma lágrima solitária descer do rosto de Todoye.

Abriu os olhos rapidamente se levantando da cama como um furacão, sua respiração desregular é evidente. Todoye suava como nunca, seu travesseiro estava molhado de suor, suas mãos não paravam quietas. Passou os dedos pelos cabelos e suspirou, era um sonho, um sonho perturbador.

É raro ter sonhos, sempre teve sono leve então toda vez que começava a sonhar acordava, mas dessa vez foi diferente. Colocou a mão no peito sentindo o coração ainda acelerado, pegou o celular no canto da cama e olhou a hora.

02:23

Ainda é madrugada. Se jogou novamente na cama, sua cabeça doía como nunca, o barulho do vento na porta a fez saltar para fora da cama e correr até a pequena janela, estava assustada, não queria ver aquela imagem novamente.

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora