̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ

04🌑

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1998

Clã Yamato

- Senhor, já fazem dois dias... não acha que é o suficiente?..-

- Não- A voz dele coou por todo quarto

- Mas senhor... para uma criança dois dias sem comida já é bas- Foi interrompida por um grito do homem a sua frente.

- CALE-SE! Eu sei como criar minha filha, então não se meta!-

A mulher se calou, não tinha o que fazer, estava presa naquela casa graças às dívidas da família, por não ter pagado, seu pai a mandou para servi ao clã Yamato, praticamente a venderam de graça.
Mas se aquela garotinha no porão morresse de fome, Yna iria se culpar pelo resto de sua miserável vida.

- Ei criança..- Cochichou entre a frecha da porta, se o senhor Yamato a visse com certeza estaria morta.

No porão em uma grande porta de madeira havia uma pequena janelinha com grades, era ali que Yna deixava a comida quando Akuyashi Yamato permitia.
Por ali conseguia ver um pequeno corpo em pé de costas para a porta.

- Criancinha...ei!-

A garotinha de 5 anos permaneceu imóvel, Yna a chamou mais algumas vezes mas nada adiantou, foi só aí que percebeu o estado da garota. Sr.Yamato nunca permitiu que olhasse ou falasse com a filha, por isso Yna não fazia ideia da situaçao da menina.

Ela tinha cabelos mal cortados, usava um vestido simples e sujo, a pele exposta tinha alguns hematomas, o chão estava pior que a criança, ali fedia muito, era como se tivesse corpos de animais mortos espalhados pelas paredes.

- Você tá com fome?- Insistiu, se ficasse por mais tempo no ambiente iria vomitar.

- Papai não deixa -

Os olhos da mulher automaticamente se encheram de lágrimas, a criança tinha uma voz tão doce e frágil que fez o coração da mais velha palpitar de pena.

- Tudo bem, tudo bem... você pode vim até aqui?-

- Papai não deixa-

- Ele não deixa você vim até aqui?-

-hm- Murmurou em concordância.

- Por quê? O que aconteceu?-

- Não Todooye! Não é assim que se faz!- Colocou a mão no rosto decepcionado.

- Você não consegue mirar uma faca! PUTA MERDA, TODOYE!- Caminhou até a garota e colocou as mãos nos ombros pequenos.

- Você é burra e fraca- Ele falou olhando bem nos olhos escuros da filha que na mesma hora desviou o olhar.

- Não desvie o olhar, já te avisei- Segurou o rosto da garota com força a fazendo encara-lo

- Como castigo vai ficar aí parada, sem mexer um único músculo, me entendeu?- A menina concordou lentamente com a cabeça.

- Eu quero ouvir se você entendeu! -

- Sim, papai-