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Um barulho do outro lado da porta fez os dois se virarem automaticamente. Encararam a porta de madeira com receio de alguém entrar, não seria legal serem pegos dentro do clã dos Yamatos na sala de documentos sem autorização.

- Precisamos sair daqui.- Satoru disse entendendo a mão.

- Preciso beber algo com álcool.- Todoye encarou a palma estendida.

- Conheço lugar que vai te fazer esquecer de tudo sem precisar de álcool, confia em mim.-

Ela mordeu os lábios e olhou a prateleira de papéis, deu um suspiro voltando a encarar Gojo, segurou a mão dele e em um piscar de olhos eles já não se encontravam mais no pequeno cômodo.

Todoye virou lentamente para os lados dando um 360° na área. Seus olhos se viram deslumbrados com a natureza ao redor. Logo a frente ela avistou uma casa em meio a toda grama, uma casinha simples, bem estruturada e aparentemente aconchegante.

- Onde estamos?-

A grama baixinha verde é o abrigo de várias tulipas de colorações claras, prevalecendo a cor roxa. Tirando as flores, um infinito de verde restava por onde seus olhos conseguiam ver.
Todoye olhou em direção a casa avistando Satoru já perto da entrada, ficou tão distração com a beleza do lugar que não percebeu a ausência do albino.

- Perguntei onde estamos.- Disse assim que chegou perto dele depois de uma breve corrida.

- Disse que ia te levar em um lugar pra esquecer tudo, então só relaxa e sente a paz desse paraíso.- Subiu os pequenos degraus da casa chegando na varanda, o piso é de madeira assim como toda a casa.

- Ainda estamos no Japão?- Todoye perguntou o vendo colocar uma chave na fechadura da porta.

- Claro.-

A porta de madeira se abriu revelando um cômodo único, por fora a casa parecia maior que por dentro.

- De quem é essa casa?- Perguntou entrando logo atrás de Gojo.

- É minha.- Sorriu orgulhoso.

As paredes estão pintadas de branco, com duas janelas gigantes permitindo a entrada do sol, não precisava de luz elétrica, a natural vinda do céu já deixava tudo claro com uma tonalidade amarelada criando um conforto nostálgico.
A esquerda uma pequena cozinha, com bancos de madeira forrados com pequenos tapetes de tricô. Uma geladeira, fogão, talheres e pratos guardados no pequeno armário. Um sofá amarelado a direta colado na parede, de frente uma mesinha de vidro com um jarro com tulipas.

- Por que você tem essa casa se já mora em um apartamento tão bonito?- Parou de frente a grande janela ao lado da geladeira. O brilho do sol atravessado a guilhotina criava pequenos pontos de brilho no chão, Todoye sentiu-se confortável.

- Eu precisava de um lugar calmo pra pensar.- Disse saindo da casa, Todoye o seguiu, não há muita coisa para fazer ali dentro.

Eles sentaram-se na varanda no pequeno degrau que separa o chão da casa. Todoye ficou observando os beija-flor tirando mel das flores cheirosas, havia tantas flores que ela conseguia sentir o perfume delas.

- É um lugar bonito, não é?-

- uh, muito bonito.- Seus olhos não desviavam daquele infinito de grama.

- Tá com sede?- Satoru se levantou indo para dentro da casa mais uma vez.

- Não.- Respondeu e inspirou fortemente o cheiro suave das flores.

Em segundos Satoru voltou a se sentar ao lado de Todoye, um barulho de lata de abrindo captou a atenção da mulher. Ela olhou para Gojo que segurava uma lata de coca cola, ele deu um gole fazendo careta pelo líquido estar muito gelado.

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora