̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ

32🌗

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Batucou o pé no piso de pedra polida incansavelmente, Todoye cruzou os braços perdendo a paciência. Quantas horas está ali esperando Gojo sair da escola? Ele a chamou para almoçar e sumiu! Já são duas da tarde e nenhum sinal dele.
Ela deu as costas para a escola e saiu andando atravessou o grande portão. Está faminta, não esperaria mais ele.

- TODOIIIIIIH!- Satoru veio correndo na direção dela.

A mulher revirou os olhos, virou-se para ele com uma cara nada boa.

- É Todo-y-e e não Todo-i-h.-

- Tanto faz. 'To morrendo de fome, vamos.-

Saíram andando lado a lado, caminharam em direção ao carro estacionado de Satoru. Todoye não fazia ideia de onde iriam comer, que Gojo pelo menos escolha um local bom.

- Por que demorou tanto?- Entrou no carro fechando a porta.

- 'Tava resolvendo umas coisinhas.- Colocou o cinto e ligou o carro.

- Que coisas?-

- Desde quando você se importa com essas coisas?- Trocou a faixa escura dos olhos pelos óculos de sol guardado no porta luvas, ele trocou com apenas uma mão sem desviar a atenção da estrada.

- Não me importo, eu só...- Seus olhos escuros voltaram para o belo homem ao lado.

- Pode ser precipitado de minha parte, mas te conheço o suficiente para saber que está estranho.-

- Estranho?- Abriu um sorrisinho.

- Sim. Esse sorriso.... é o mesmo que você faz quando não sabe o que fazer.-

- Virou especialista em sorrisos agora? Logo você?!- Brincou.

- Estou falando sério, Satoru!-

Ele ficou em silêncio com os olhos focados na rua.

- Você está escondendo alguma coisa, não está?-

- E você? Está escondendo algo?- Olhou brevemente para Todoye que retribuiu a encarada. Ela se remexeu na cadeira claramente desconfortável com a pergunta, seus olhos desviaram para a janela aberta.

- Não, não estou escondendo nada.-

- Digo o mesmo, do mesmo jeito que você não esconde nada eu também não.-

Não respondeu, algo martelada em sua cabeça, talvez seja o que as pessoas chamam de "consciência pesada", sentia-se culpada por mentir?! Que bobagem!.

Mordeu os lábios. Droga de sensação Maldita.

- Olha, se você ficou confuso por algo que falei ontem a noite, apenas saiba que foi tudo mentira! Eu estava bêbada, não conseguia medir minhas palavras, então apenas esqueça!-

- Não quero.-

- Hã?- O olhou.

- Não quero esquecer.-

- ...Tanto faz.. só não leve a sério.-

Voltou a olhar para a janela, observando os gigantescos prédios do Japão. Gojo permanece focado na direção, apesar de sua mente está muito longe dali. Ele sentiu um incômodo no estômago, observou de relance Todoye admirando as construções..estava mesmo fazendo a coisa certa?

Cerca de poucos minutos chegaram no local destinado, e não poderia ser menos luxuoso que os outros lugares que Gojo a levou, talvez ele tenha uma paixão por lugares com muito vidro e elegantes, ou talvez só tenha dinheiro o suficiente para visitar lugares assim sempre que quiser.
Um restaurante grande com um andar, as paredes são de madeira escura e o piso é coberto por um tapete enorme vermelho, janelas por todos os lados abertas, mas o que mais chama atenção é o teto, coberto de vidro dando visão completa do céu azul claro.