̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ

36🌕

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- Todoye!-

Continuou seu caminho apressada. Seus sapatos batiam no chão com força, os olhos focados apenas no caminho a frente. Não importa o que Satoru queira falar, ela não o escutaria.

- Precisamos conversar!-

Ele insistiu a seguindo. Percebendo que suas palavras não adiantariam de nada, Satoru correu e puxou seu braço para trás, fazendo Todoye se virar bruscamente para ele.

- Me solta.-

Sua voz ríspido fez Gojo fechar os olhos com força, conversar sobre coisas importantes em lugares inapropriados foi um erro, achava que a escola estava vazia nesse começo de noite.

- O que você veio fazer aqui essas horas? Uh? O que você escutou?-

É notável seu tom de desespero. A expressão fria da mulher calou Satoru, ela o encarou com mágoa nos olhos, no começo achava que era ódio transbordando pelo rosto dela, mas na verdade é decepção.

- Todoye, por favor, vamos conversar.-

- Me larga!- Puxou o braço com força e saiu andando, porém Gojo é muito insistente. Ele puxou seu braço mais uma vez a proibindo de continuar a trajetória.

- Você é insuportável! Me solta, desgraça!- Tentou puxar o antebraço, mas ele segurava com força.

- Onde você está indo?-

- Não preciso mais esconder minhas intenções já que você sabe de tudo, e você também não precisa esconder as suas.-

O homem alto umedecer os lábios e respirou fundo, ela escutou toda conversa com o diretor.

- Você não vai fazer isso.-

- Ah, como vou!-

Antes que pudesse se soltar, Satoru agarrou seu outro braço, Todoye abriu a boca para protestar mas o ambiente em que estão trocou para o quarto de hotel dele, ele os teleportou para lá.
Ela olhou pra os lados e se afastou de Satoru quando ele finalmente a largou.

Todoye suspirou alto e andou até a porta, porém Gojo se colocou na frente tampando sua saída.

- Você poderia escutar pelo menos o que eu tenho a dizer primeiro?!-

- Eu não quero. Não vou acreditar em nenhuma mentira que sair dessa sua boca!-

- Todoye..-

- Calado! Eu não quero escutar nada! -

Ela deu passos para trás se distanciando dele. Deu as costas a Gojo e caminhou pelo quarto pisando forte no chão, escondeu o rosto nas mãos por um breve período de tempo antes encarar a grande janela aberta.

- Você se acha muito inteligente, não é?- Virou-se apontando o dedo no rosto dele.

- Você pensou que eu fosse facilmente influenciável, que poderia me fazer amá-lo! E eu jogaria fora toda lealdade do meu clã!!-

- Não é bem assim, eu na-

- Eu não quero escutar você! Apenas saiba que esse seu joguinho deu errado, você perdeu! Ouviu? Perdeu!-

Seus olhos brilharam pelo acúmulo de lágrimas. O peito subia e descia acelerado, seus lábios inquietos pareciam querer falar muito mais, porém ela desistia de iniciar a frase.

- Você esqueceu o quão perto o amor é do ódio.-

- Você não sabe do que está falando, Todoye.-