12🌑

344 49 44
                                    

--------------------------- » «» « ----------------------------

2006

Clã Yamato

- Amor? - Levou um bolinho de arroz feito por Yna até a boca, estava saboroso.

- Uh! Amor, é uma linda palavra, não é?- Yna perguntou com um sorriso gentil no rosto.

Todoye negou com a cabeça comendo mais um bolinho.

- Por que não?- A jovem cruzou os braços curiosa pela resposta.

- Acho uma palavra esquisita.- Deu de ombros.

- Pode ser uma palavra esquisita, mas tem um significado lindo!- Deu uma pausa antes de continuar a falar. Yna suspirou e encarou um ponto aleatório daquele porão.

- Quando falam a palavra amor, eu consigo imaginar uma casinha no meio de um rio, feita de madeira, com panelas de barro e gramas verdes no chão ao redor da casa. Eu sinto o cheiro de comida caseira e o barulho da água borbulhando da panela, os pássaros cantando e os grilos dançado. O vento gelado assoprando todas as folhas das árvores frutíferas. O cheiro de casa..-

Yna é uma mulher muito criativa, mas Todoye sabia que aquilo não era fruto da imagem dela, era só uma lembrança de sua casa.

Talvez seja por isso que Todoye detestava aquela palavra, ela não tinha um memória para definir "amor".

━━━━━━━━

2018(Atualmente)

Tóquio.

Todoye abriu a porta do hotel agradecendo por finalmente ter chegado, foi uma grande luta encontrar um táxi, teve que esperar por horas até algum passar pela estrada.
Andou até as escadas e olhou de relance a recepcionista, a mulher parecia sonhar acordada, ela tinha uma expressão de idiota no rosto, parecia apaixonada.

Todoye deu de ombros, queria chegar logo em seu quarto e deitar em sua cama, fazia mais de 24horas que estava acordada, precisava descansar um pouco. Agradeceu mentalmente por não ter dado de cara com o homem que a ajudou a se hospedar no hotel, ele sempre ficava tomando café na máquina, o cara é um completo viciado em café. Sempre tentava arrumar alguma brecha para falar com ela, mas o coitado todas as vezes levava um pé na bunda.

Entre Gojo e ele, o moço do café por mais impossível que pareça é mais irritante que o seis olhos.

Subiu as escadas e andou até sua porta, destrancou e entrou. Franziu as sobrancelhas ao ver as luzes ligadas, não lembrava de ter as deixado acessa. Trancou a porta atrás de si e tirou as botas sujas de terra, alongou as costas e bocejou. Andou até sua cama e assim que ia sentar no coxão uma voz masculina super conhecida por ela a fez pular de susto.

- Você é sadomasoquista?- Gojo perguntou levantando seu arma em formato de chicote de correntes de ferro.

- O que você tá fazendo aqui?!?!?!- Andou até ele em passos largos e puxou com força o objeto que segurava.

- Por que tantas armas?- Se agachou pegando seu punhal que estava jogado no chão.

- Como entrou aqui?- A resposta surgiu rapidamente na sua mente, aquela recepcionista meia boca...

- Você é tipo uma assassina de aluguel nas horas vagas?- Olhou o próprio reflexo na lâmina polida.

- Não pode entrar assim no quarto dos outros- Tirou o punhal da mão dele.

Antes de sair devia ter guardado todos seus equipamentos, agora Gojo ficaria mais desconfiado.

- Não respondeu minha pergunta- Olhava todos aqueles tipos de armas brancas enquanto Todoye tentava desesperadamente guardá-las em sua mala.

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora