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1999

Clã Yamato

- Não desvie o olhar, isso é sinal de fraqueza, a última coisa que você precisa ser é fraca!- O líder do clã Yamato's avisou a filha que estava parada ao seu lado. A garota engoliu em seco e tirou sua atenção da mesa farta de comida. Sua barriga roncava de fome, suas pernas doíam de tanto ficar em pé, sabia que aquilo era uns dos desafios que seu pai fazia para testar sua resistência, mas não deixava de ser cruel.

- Está vendo todas essas cadeiras vazias ao redor da mesa?.- Apontou para as cadeiras de madeira ao redor da grande mesa do mesmo material, Sr. Yamato sentava-se na cadeira principal da mesa de jantar.

- Sim, papai- Ela permaneceu encarando seu pai nos olhos. Ele virou o rosto na direção da filha, seus olhos são escuros assim como o dela, a única diferença é que estão cheios de maldade e frustração. Todoye era apenas uma criança normal que seu pai tentava molda-lá para se tornar aquilo que ele não conseguiu ser:

A salvação do clã.

Para isso ela precisava ser mais dura que uma pedra, mais fria que o próprio inverso e vazia como o vácuo. Afinal, armas não podiam ter sentimentos.

- As pessoas só querem comer ao lado daqueles que são importantes de alguma forma, você me entende?-

- Sim, papai- Seus olhos encheram de lágrima, mas não tinha o luxo que as derramar, o papai não podia ver o líquido maldito descer de seus olhos.

- Então compreende o motivo de não estar sentada ao lado do seu pai, você não é digna de comer aqui ao meu lado. - Seu tom e palavras doeram mais que todas as tapas que levou no rosto. A garota engoliu tais palavras como se fosse remédio, seu cérebro as absorveu como completa verdade.

Suas mãos tremiam, sabia que isso o deixaria irritado, sabia que não podia se mexer sem uma ordem. A garotinha segurou a barra do vestido com força dando seu máximo para não deixar escorrer nenhuma lágrima. Ela realmente queria comer junto de seu pai, queria sentar-se na cadeira e jantar junto dele.

Ela realmente queria.

Por que foi nasceu tão inútil e fraca?

Se tivesse pelo menos energia amaldiçoada.

Sentia culpa por nascer tão vulnerável.

- Vou fazer com que sinta orgulho de ter uma filha como eu.-

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2018 (Atualmente)

Tóquio.

- Uma faca? ta flertando comigo?-Gojo debochou se colocando de pé e entregando o objeto a dona.

Todoye entortou o olhar e agarrou a faca. Observou a ponta da lâmina, será que não estava afiada o suficiente?!

Não teve tempo de perguntar o que ele fazia aqui, Gojo simplesmente entrou sem convite.

- Não o convidei para entrar, não te deram educação não? -

- Não preciso de convites para entrar na casa dos outros, e receber visitas com facada não é um jeito muito educado, né?-

Ela cerrou os olhos e cruzou os braços, apenas ficou analisando o albino observar sua moradia.

- Jeito bem sofisticado de receber visitas, não é?- No momento não sabia se ele estava se referindo ao ocorrido com a faca ou de seu roupão.

Todoye encostou as costas na parede apenas analisando cada movimento que Gojo fazia, seus olhos mal piscavam, estava em alerta, ele estar ali aparentemente sem motivo algum, era porque algo não estava certo.

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora