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2007

Clã Yamato

- Encontrar alguém disposto a se entregar no meio dessas pessoas desinteressadas e com medo de se apaixonar, isso é amor inefável!-

- Apaixonar? Isso é para os fracos.-

Suas palavras atingiram Yna como uma bomba, sabia que ela foi ensinada desde bebê que o amor é uma prisão, um tumulto de almas fracas, porém depois de tantos anos tentando "ensinar" a menina sobre como isso faz de nós humanos, escutar Todoye falando tal atrocidade a deixava profundamente triste.

A mulher suspirou entristecida, não importava o que fazia, Todoye nunca encontraria o amor, a sensação de ser amada.

Ela sentia-se culpa por não ter mostrado mais amor a menina.

- Me desculpe, Todoye.- Abraçou a criança que piscou confusa.

- Eu falhei em te amar, me desculpe.- Falou entre soluços. A real é que Yna não amava Todoye, tudo o que sentia era pura pena da garota, mas não de fato amor, não conseguia pelo simples fato de que a criança tem o sangue do homem que mais detesta.

- Eu não posso te salvar, me desculpa!-

Yna cuidava de Todoye o máximo que podia, mas não era o suficiente.

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2018

Tóquio

Seus olhos foram se abrindo lentamente, a janela aberta ao lado permitia que o sol iluminasse todo rosto sereno dela, causando um incômodo. Todoye levantou a cabeça da mesa e observou o lugar apreensiva, alguns flashbacks passaram pela sua mente. Seu corpo se manteve de pé em imediato, analisou o ambiente confusa, olhou para os braços e pernas verificando se ainda estavam aí..

Dormiu na casa de um completo desconhecido.

É um milagre está viva.

Satoru a teve praticamente na palma da mão. Poderia ter a matado e sumido com o corpo a qualquer momento daquela noite. Ela estava surpresa por ainda estar viva.

Voltou a se sentar ao sentir uma pontada forte na cabeça, o tanto de bebida que ingeriu teria suas consequências. Passou as mãos pelo cabelo bagunçado, sentia-se enjoada.
Tentava ao máximo lembrar de como acabou dormindo ali, com certeza não estava bem da cabeça, mas nem toda bebida do mundo podia a fazer se sentir menos idiota. Como pode se colocar em uma situação tão ridícula.

O plano era embebedar Satoru, não ela mesma!

Coçou a cabeça frustrada, estava fedendo a álcool e com muita dor de cabeça. Seus olhos rodaram pela sala, estava tudo muito silencioso, Gojo provavelmente não estava em casa.

Uma lâmpada parece surgiu em cima de sua cabeça, teve uma ideia!

Estavam sozinha na casa de Satoru...

Podia envenenar toda água filtrada.

Sua expressão murchou. Ele não tem cara de que se levanta para beber água, com toda certeza deve pedir para trazerem água da cozinha do hotel.

Estar sozinha no apartamento de Gojo é algo inacreditável, não podia perder tal chance. Talvez devesse pendurar algumas facas na porta para assim que ele entrar elas atinjam ele, mas o maldito mugen não permitiria.

Poderia se esconder debaixo da cama e pega-lo de surpresa!

Todoye andou até o quarto e analisou a cama, ela ia até o chão, não tinha a mínima possibilidade de caber alguém embaixo.

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora