41🌕FIM

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O som da chaleira indica que a água chegou no ponto certo. As cores alaranjadas vindas do sol passam pela janela batendo no piso de madeira polida.
Segurou na alça da chaleira quente e despejou um pouco da água na xícara de porcelana branca, o barulho do líquido batendo na cerâmica preenche seus ouvidos. Jogou o saquinho de chá na água transparente que logo mudou de cor. Um vento forte passou pela janela esfriando a bebida.

Apenas o vento calmo faz barulho. Tudo está tão silencioso.

Vem sendo assim há exatos vinte e dois dias.

Todoye fez tudo o que Satoru disse. Assim que recebeu alta de Shoko ela imediatamente foi em direção a casa isolada de flores ao redor. Desde então passaram-se vinte e dois dias.

O que aconteceu?
O que estava acontecendo?

A única resposta que recebia era o silêncio daquela pequena casa.

Seus lábios se queimaram ao encostar no chá, Todoye fez careta afastando a xícara da boca e passou a mão nos lábios, já era a quinta vez que se queimava.
O cheiro bom de arroz recém feito incensou a casa. Ela tirou a panela do fogo e despejou a água, acrescentando sal em seguida.

Chá com arroz? Bem, ela já se alimentou de coisas piores, não tinha o que reclamar, mas comer aquilo repetitivamente estava a deixando enjoada.

Queimou a boca novamente, dessa vez com o arroz quente. Todoye largou a panela na pequena mesa grosseiramente.

- Porcaria de arroz!- Xingou a comida.

Está estressada, e com razão. A angústia e ansiedade viraram sentimentos rotineiros, acordar no meio da noite e não conseguir dormir é algo que Todoye não consegue evitar. Imaginar que todos estão dando a vida enquanto ela está nessa estúpida casa a faz perde o sono.

- Albino maldito...-

-Todoye, caso Satoru demore muito, siga sua vida, apenas siga em frente.-

As palavras que Shoko disse antes que fosse embora ainda estão frescas em sua mente. Todoye teria coragem? Coragem de apagar tudo e recomeçar do zero? Novas pessoas, novos lugares, novas comidas...

Seus olhos encheram de lágrimas. Droga! Não queria começar tudo de novo! Não aguentava mais começar de novo, apenas queria um lugar para descansar, ficar calma, ter pessoas com quem se importa ao lado, uma vida tranquila, sem punições, sem regras, sem brigas, porém ela sabia que tudo isso seria impossível convivendo com feiticeiros jujutsu.

Esses seus dias sozinha foram bem reflexivos. Toda tarde Todoye sentava no degrau que separa a casa da grama e ficava pensando enquanto assistia os beija-flores se alimentando do néctar das flores. Tantos questionamentos passavam pela sua cabeça. Valia realmente apena ficar ali plantada esperando alguma notícia dele? Gojo não estava a fazendo de boba mais uma fez, estava?

̶T̶h̶e̶ ̶O̶p̶p̶o̶s̶i̶t̶e̶s̶ - ɢᴏᴊᴏ&ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora