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2018(Atualmente)
Tóquio.
Abraço, por que tem um significado tão enorme se é apenas uma ação de apertar outra pessoa contra o peito?. Por que as pessoas importam-se tanto com esse ato? Algo tão fútil mas tão simbólico. Todoye percebeu desde sua chegada a escola Jujutsu como as pessoas são viciadas em abraços, pelas ruas da cidade de Tóquio é comum ver mulheres e homens se abraçando, entre amados, amigos, família. Todoye sempre se questionava o motivo, achava uma grande perda de tempo. Yna não tinha o costume de abraçá-la, talvez pela falta de tempo em que as duas tinham para conversar, ela nunca explicou exatamente o significado disso, queria que Todoye descobrisse por si só. Há coisas que não devem ser faladas, apenas sentidas.
Quando Gojo envolveu os braços ao seu redor apertando firme, ela pode finalmente ter a resposta.
Abraçar não é apenas afeto ou carinho, é uma troca de energia, de sentimentos. O corpo rígido dela se amoleceu, Todoye sentia a tristeza do homem choroso, a mágoa dele sobrevoava seu corpo puxando a que ela guardava a muito tempo dentro de si. Seus olhos permaneceram imóveis, Todoye não pensava, só sentia toda aquela frustração e tristeza escondida no rosto bonito dos seis olhos. Seus olhos murcharam e seus lábios se abriram para falar, porém nada ousou sair. Não tem forças para afasta-lo, afinal de costas não queria afasta-lo.
Maldito homem de olhos claros, ousou abrir uma porta bem fechada por ela.
Todoye faria Satoru pagar por fazê-la querer ir para o lado dele.
Ele puxou sua blusa apertando o tecido com a mão. Gojo descarregava um grande peso de seu coração, ele precisava realmente abraçar alguém e por coincidência Todoye estava ali, no tempo certo e hora exata. A mulher misteriosa que conseguiu cativar seus pensamentos e curiosidade. Todoye é uma pessoa encantadora aos olhos de Satoru, apesar de seu jeito duro e sincero. Os olhos da cor do céu noturno o pegou desprevenido desde o primeiro dia em que se viram.
Não queria admitir, mas estava de fato começando a criar algo profundo pela mulher de olhos escuro.
Ele a empurrou lentamente para se deitar na cama, passou a mão pela cintura e apertou como um abraço de lado. Sua cabeça descansou em meio aos seios dela, ele deitou como se ela fosse um travesseiro confortável. Respirou fundo o tecido da roupa, tem um leve cheiro de amaciante.
Todoye piscou rapidamente confusa com aquela aproximação, não esperava, porém no fundo gostou. Gostou de ter as mãos de Satoru rodeando sua cintura, gostou de ter o rosto dele entre seus seios, gostou da forma que ele a olhou, gostou de vê-lo implorar para que ficasse.
