002 - ᴍᴇᴍᴏʀɪᴇꜱ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ᴘᴀꜱᴛ

1.5K 110 28
                                    

𝑴𝑬𝑳𝑰𝑺𝑺𝑨 𝑺𝑯𝑬𝑷𝑯𝑬𝑹𝑫

🩵

Arrumava-me rapidamente para o trabalho enquanto Derek contava-me sobre sua relação com Meredith Grey, ele parecia-me perdido em determinados momentos e sabia que não deveria opinar neste assunto – não queria causar mais confusão ao fazer comentários. Após alguns minutos estava pronta e juntei-me ao Derek para tomarmos o café da manhã que estava extremamente caprichado.

Os últimos dias foram cansativos, pois trabalhávamos dobrado e dormíamos pouco. Minha rotina havia mudado drasticamente desde que me mudei para Seattle, mas repentinamente os meus pensamentos levaram-me para Manhattan e lembranças boas e ruins ocuparam minha mente.

– Você está bem? – Derek perguntou-me ao pegar nossas coisas, ele sempre pegava minha bolsa e carregava-a até chegarmos ao hospital. – Está pálida.

– Lembrei-me da clínica, dos pacientes, das brincadeiras, das noitadas... – Falei lentamente sentindo-me nostálgica, mas senti um amargor diferente ao lembrar-me do motivo que fez-me abandonar tudo isso e vir para Seattle. – Uma pena que tenha acabado.

– Sente falta da sua antiga vida ou dele? – A pergunta de Derek deixou-me pensativa por alguns minutos, pois poderia existir inúmeras respostas certeiras para ela.

– Sinto falta da minha vida antes da tempestade. – Respondo-o, mas notei que minha resposta não tinha o agradado. – E ele fez parte da minha vida antes da tempestade.

– Mas ele causou a tempestade. – Meu irmão pontuou rapidamente. – E eu posso te dizer uma coisa?

– Claro. – Afirmo ao entrelaçar nossos braços.

– Você encontrará a felicidade novamente, mas não posso dizer como ou quando. – Diz carinhosamente fazendo-me sorrir levemente, ele era incrível.

– Obrigada por isso. – Agradeço-o e continuamos nossa caminhada rumo ao Seattle Grace.

Ao adentrarmos no hospital fomos informados que o pega anual de ciclismo havia iniciado, mas surpreendi-me ao ver que todos os funcionários do hospital estavam preparados para receber vítimas, competidores ou qualquer ser humano que estivesse envolvido nessa disputa idiota. Era estranho. Após trocar-me rapidamente no vestiário, sentia-me pronta para iniciar mais um dia dentro do Seattle Grace.

(...)

– Dr. Burke! – Cumprimento-o educadamente ao adentrar no quarto, ele olhou-me gentilmente antes de pegar o prontuário da paciente. – O que temos, Yang?

– Uma mulher sem identificação, com aproximadamente 20 anos, atropelado por um carro que se desviou da bicicleta. – Yang informou-me rapidamente e precisamente fazendo-me abrir um sorriso leve. – Nível de Glascow de Coma 3. Pupilas fixadas e dilatadas.

Fiquei alguns segundos encarando-a e notei as cicatrizes em seu rosto, o carro havia pego-a em cheio. Despertei-me do meu pequeno transe e olhei rapidamente para Dra. Stevens que continuou a dar-me detalhes sobre o caso, ela foi extremamente empática com a mulher que estava desacordada e isso fez-me lembrar da importância de não nos envolvermos emocionalmente. Éramos cirurgiões e não podíamos nos apegar aos pacientes, pois era uma mistura perigosa.

– Foi medicada com Atropina, pulso 40, pressão 18 por 12 e pulso em 97%. – Stevens finalizou enquanto observava-me realizando exames simples.

– Ela será levada para a cirurgia? – Cristina pergunta-me ansiosamente, ela não conseguia esconder sua sede por estar dentro do centro cirúrgico.

Another Chance For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora