𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟒 - 𝐓𝐡𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐟𝐞𝐜𝐭 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭

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𝑴𝑬𝑳𝑰𝑺𝑺𝑨 𝑺𝑳𝑶𝑨𝑵

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𝑴𝑬𝑳𝑰𝑺𝑺𝑨 𝑺𝑳𝑶𝑨𝑵

Esta noite, Seattle foi atormentada por uma tempestade, então aproveitei o momento para pedir a ajuda de Mark para organizar o quarto da Skyler. Era hora de parar de adiar, mas não demorou para nossa tarefa ser interrompida quando Mark teve que responder a uma emergência no hospital. Fiquei sozinha com Pancho e as pelúcias de Skyler, percebendo que era a primeira vez que enfrentava isso sozinha. Passei alguns minutos organizando as pelúcia nas prateleiras enquanto tentava enviar algumas mensagens para Callie. Sabia que ela não hesitaria em passar algum tempo comigo e adoraria compartilhar mais sobre o que aconteceu com Erica Hahn e como estava lidando com tudo isso nas últimas semanas.

– Pancho! – Grito ao vê-lo fugindo do quarto, ele não conseguia ficar alguns segundos quietinho. – Não, não, não...

Segui-o até as escadas e observei a chuva forte através das grandes janelas, flashes de relâmpagos iluminavam o ambiente. Vi Pancho correndo pela sala enquanto descia alguns degraus. Quando me preparava para continuar descendo a escada, dei um passo em falso e tudo pareceu desacelerar de repente. Tentei agarrar o corrimão enquanto meu corpo caía em direção aos degraus, mas meus esforços foram em vão. Ao sentir o impacto contra o chão, minha respiração acelerou e lágrimas começaram a surgir em meus olhos.

Alguns minutos se passaram e ouvi a porta da frente se abrir, seguida pela voz de Callie ecoando pela sala. Não demorou para ela me encontrar chorando perto da escada.

– Melissa! O que houve?! – Perguntou desesperadamente, enquanto eu tentava explicar, mas minha voz tremia e as palavras pareciam sumir antes de sair.

– Pode me levar ao hospital? Não conte a ninguém. – Pedi. Vi-a hesitar entre suas ações, indecisa se deveria ligar para Mark ou Derek.

Só conseguia pensar em Skyler neste momento.

𝑴𝑨𝑹𝑲 𝑺𝑳𝑶𝑨𝑵

– Seu pai vai ficar no centro cirúrgico por pelo menos mais uma hora – Informei à garota, que estava tomando seu café, aparentemente em seu primeiro copo. – Você poderia tirar um cochilo. Espera aí, com 13 anos e já pegando pesado na  cafeína?

– Eu gosto do sabor – Respondeu enquanto olhava para suas mãos, parecendo verdadeiramente preocupada com seu pai e querendo ficar acordada pelas próximas horas.

– Posso te contar uma coisa? – Perguntei, vendo-a assentir, me sento ao seu lado. – Fui criado por pais que não se interessavam muito por crianças. Tinham amigos, tinham suas vidas. Não ficavam muito em casa à noite. E antes de ir para a cama, eu ligava todas as televisões, todas as luzes da casa, até dos armários. E mesmo assim não conseguia dormir.

– Você consegue dormir agora? – A garota me perguntou e sorri, pensando que Melissa adoraria responder essa pergunta.

– Deveria tentar perguntar isso para minha esposa, ela saberia responder perfeitamente – Disse brincando, vendo-a sorrir e aos poucos esquecer o copo em suas mãos.

Another Chance For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora