O verdadeiro amor é aquele que toma conta do coração, ilumina a vida e faz tudo ter sentido. Quando é amor de verdade, ele resiste às distâncias e ao tempo. Às vezes, é até possível que aconteçam afastamentos temporários, mas o amor de verdade nunca...
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MELISSA SLOAN
As semanas que passaram-se desde que operei Izzie Stevens pela primeira vez foram intensas, e muitos acontecimentos mudaram o rumo da minha vida. Logo depois, Skyler contraiu pneumonia viral e começou a apresentar sintomas cada vez mais preocupantes. Era suficiente para me fazer largar tudo no hospital e ficar em casa até que ela melhorasse. Arizona estava sendo um grande apoio durante esse período. Ela fazia visitas frequentes, sempre verificando Skyler e me tranquilizando, dizendo que ela ficaria bem e que provavelmente melhoraria nos próximos dias.
Infelizmente, isso não era tudo que estava virando meu mundo de cabeça para baixo.
A notícia da morte de John trouxe um baque em casa. Max parecia lidar bem com a perda do pai, pelo menos à primeira vista, mas ele se retraiu por completo. Agora, o silêncio entre nós era quase insuportável. Eu sabia que não podia mentir e dizer que a dor desapareceria rápido, afinal, até hoje, me sinto perdida quando lembro da morte do meu próprio pai, principalmente pela maneira como aconteceu.
– Como ele está? – Arizona perguntou enquanto me ajudava a trocar a roupinha de Skyler.
– Eu não sei. Ele mal fala comigo. Toda vez que tento puxar assunto, ele se levanta e sai do cômodo – Falei, exausta, encostando na parede. Lidar com tudo isso sozinha estava sendo mais difícil do que imaginei. – Queria que o Mark estivesse mais presente, mas ele está tão focado na pesquisa que parece esquecer que existimos.
– Já tentou falar com ele? – Arizona perguntou, e uma risada amarga escapou de mim.
– Se ele parasse em casa por cinco minutos, talvez eu conseguisse. – Disse e ela me olhou com compaixão, mas eu já sabia o que estava pensando.
– Você deveria reclamar, Melissa. – Ela disse enquanto embalava Skyler nos braços com cuidado. – Mark é o pai dessas crianças. Ele deveria estar aqui com você.
– Não precisa, Arizona. – Disse antes de suspirar, tentando afastar a sensação de abandono. – A pesquisa dele é importante. Eu dou conta do resto.
– Eu sei que dá. Mas ele também é parte da família e precisa se lembrar disso. – Ela falou seriamente e antes que pudesse responde-la, me puxou para um abraço apertado. – Tente descansar um pouco. Skyler vai dormir por algumas horas com a medicação, e você merece uma pausa.
A acompanhei até a porta, pensando no convite para jantar no sábado. Talvez fosse bom sair um pouco, embora duvidasse que Max aceitasse ir conosco. Quando Arizona se despediu, comecei a subir as escadas novamente, mas algo me fez parar. Pancho, nosso cachorro, não estava em lugar nenhum. A preocupação tomou conta, e decidi procurar por ele, mas precisaria da ajuda do Max.
– Max! Preciso de ajuda! – Chamei, batendo na porta do quarto dele. Depois de um resmungo, ele finalmente abriu a porta, e eu dei um sorriso de alívio.
