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Katerina Diaz

Assim que acordei percebi que estava sozinha na cama e não havia qualquer vestígio do inglês que tinha dormido comigo.
Nem as suas roupas estavam dobradas na poltrona nem o seu telemóvel na mesinha, nada.

Pergunto-me se na realidade ele dormiu ali comigo ou se eu penas sonhei com isso. Seria muito estranho sonhar com tudo isso.

Levantei-me da cama e fui até á casa de banho e assim que me vi no espelho reparei que estava com a sua t-shirt vestida.
Não foi um sonho, ele dormiu comigo e eu não consegui evitar o pequeno sorriso nos meus lábios.

Estava a gostar da proximidade que temos vindo a ganhar ultimamente.
O Bellingham faz-me sentir bem, faz-me sentir bem com ele e comigo própria. Certo ainda tenho complexos em me mostrar para outras pessoas e ser mais aberta com os que estão fora do círculo de pessoas a que estou habituada mas Jude faz com que me sinta confortável perto dele, não me julga, não me prende e sobretudo não me pressiona dando-me segurança sempre que estou perto dele.

Se eu gosto dele? Eu gosto mas talvez não da maneira que estão á espera, ou talvez eu não saiba.
Não quero confundir as coisas, não quero confundir gratidão com paixão!?
O que sei de verdade é que Jude se tornou num amigo, uma pessoa que me faz sorrir mais, que me faz falar mais mas que também me deixa sem palavras, e não são poucas as vezes que o faz. 

Acabei por tirar a sua T-shirt e fiquei com o curto top de pijama que nem havia tirado ontem á noite.
Lavei os meus dentes e fiz a minha higiene e skincare matinal depois de um rápido duche.
Vesti-me assim que voltei para o meu quarto e logo depois fui até á sala não encontrando ninguém por ali.
Fui até á cozinha e lá estava o meu irmão com o telemóvel na mão e uma maçã já a metade na outra mão.

— Bom dia! — eu disse assim que entrei no cómodo.

— Bom mais para uns do que para outros não é? — Ele perguntou com um sorriso malicioso.

— Estás a falar de...? — perguntei abrindo o frigorífico e tirei de lá uma garrafa de água.

— De madrugada vim á cozinha e o Jude não estava no sofá a dormir. — ele disse e eu aclarei a minha garganta. — Pergunto-me onde terá ele dormido sendo que só há dois quartos neste apartamento.

— Para com os joguinhos Brahim! — revirei os olhos. — Dormiu no meu quarto. Achei que seria mais confortável para ele por causa do tornozelo.

— E dormiram agarradinhos? — perguntou mantendo o sorrisinho irritante nos lábios.

— Queres parar? — resmunguei batendo-lhe no ombro. — Onde é que ele está?

— Ele foi cedo ao centro médico do Real mas disse que voltava ainda a tempo do pequeno almoço. — ele respondeu voltando a sua atenção para o telemóvel.

— Cedo tipo a que horas? — perguntei.

— Nem namoram e já quer controlar todos os passos do gajo. — ele revira os olhos.

— És tão irritante! — bufei e acabei por me sentar num dos bancos.

— Eram por volta das oito quando ele saiu de não me engano. — informou.

— Ele não dormiu praticamente nada. — suspirei.

— O que é que andaram a fazer durante a madrugada? — ele elevou uma das suas sobrancelhas olhando agora para mim.

— Estivemos a ver Carros até ás quatro da manhã no Disney plus. — Eu disse soltando um riso anasalado.

— Não sei qual dos dois a maior criança. — ele riu negando com a sua cabeça.

I'll Show You || Jude Bellingham ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora